Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Santana, Ramiro Rodrigues Coni |
Orientador(a): |
Ristum, Marilena |
Banca de defesa: |
Chaves, Antônio Marcos,
Lordelo, Lia da Rocha |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Psicologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/24011
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Resumo: |
O presente estudo buscou compreender a produção de sentidos da relação entre trabalho e escola entre adolescentes que vivenciam a experiência simultânea de trabalhar e estudar. Essa pesquisa se fundamentou nas formulações da Psicologia Histórico-cultural segundo a interpretação presente na Teoria da Subjetividade de González Rey, principalmente nos conceitos de sentido subjetivos e subjetividade social e individual. Participaram deste estudo quatro adolescentes residentes em zonas urbanas e zonas rurais do estado da Bahia, com idades entre 11 e 14 anos, sendo duas participantes do sexo feminino e dois participantes do sexo masculino. Foram realizadas sessões de conversação, com temário previamente construído, abordando os seguintes temas: inserção no trabalho, rotina escolar e de trabalho, estratégias para conciliar demandas do trabalho e da escola, sentidos produzidos sobre o trabalho e a escola e articulação entre os sentidos subjetivos e elementos da subjetividade social acerca do trabalho infantil. Foram utilizados também os seguintes instrumentos: um questionário sociodemográfico e a complementação de frases. Os resultados apontaram para uma valorização positiva do trabalho, visto como espaço formativo e promotor de valores morais, de garantia de acesso a bens de consumo e superação das privações impostas pela pobreza. Os sentidos sobre a escola indicaram sua representação como ambiente promotor de aprendizados, espaço de preparação para o futuro e mecanismo auxiliar para a consecução de aspirações profissionais futuras. A relação trabalho e escola é subjetivada como positiva, resguardando relação de complementariedade entre os espaços no ensino de habilidades e aprendizados preparatórios para a vida adulta. Os relatos indicaram pouco impacto do trabalho na escolarização, sendo mais comum a atribuição de impactos negativos do trabalho na saúde e na restrição a atividades de lazer. A análise das experiências de trabalhar e estudar centradas nas narrativas dos próprios adolescentes trabalhadores pode auxiliar na formulação e no aprimoramento de políticas públicas que visam a garantia de direitos e proteção ao adolescente trabalhador, respeitando seu papel ativo, seu poder de decisão e sua autonomia. |