Tramando a cidade: o fazer-artesão e seu modo de produzir a Praça da Sé

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Silva, Millen Carvalho Cerqueira da lattes
Orientador(a): Uriarte, Urpi Montoya lattes
Banca de defesa: Cardoso, Thiago Mota lattes, Pereira, Gabriela Leandro lattes, McCallum, Cecilia Anne lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Antropologia (PPGA) 
Departamento: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH)
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37716
Resumo: O tema central desta dissertação é a como os artesãos da Praça da Sé produzem o espaço onde trabalham. Ao longo do trabalho de campo, percebeu-se que só era possível assimilar essas relações de produção de espaço, após entender as relações que os artesãos estabelecem com seus materiais. Acessar a historiografia da região da Sé de Salvador, Bahia, entre o século XVIII até final do século XX, ajuda situar acerca do espaço em que trabalham os artesãos hoje. Interessado pela maneira que a vida acontece produzindo o espaço, o método etnográfico se estabeleceu como metodologia desta pesquisa. Dessa forma, proponho a categoria de fazer- artesão para me referir ao modo como os artesãos constroem suas obras, assim como a categoria estar-na-Sé para pensarmos o modo em que o fazer-artesão também constitui espaços. Sendo assim fazer-artesão, caracteriza atenção aos detalhes, ao jogo de elementos e suas resistências. O estar-na-Sé nos ajuda a perceber a intermitência da Praça para os artesãos, seja como lugar simbólico ou material, seja como espaço de trabalho e/ou como lugar de risco de suas vidas. A relação entre ambas as categorias nos ajuda a compreender o modo de produzir cidade desempenhada por esses trabalhadores da Praça, que se misturam tanto com os materiais, tanto com o espaço. A pesquisa trouxe, portanto, como conclusão, o fato de que, para os artesãos construírem o seu espaço de trabalho são necessárias relações com coisas distintas em qualidade e quantidade. Destarte, é preciso considerar que é pela mistura que encontraremos um lugar de trabalho possível.