Marcas da libras e indícios de uma interlíngua na escrita de surdos em língua portuguesa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Santos, Fernanda Maria Almeida dos
Orientador(a): Teixeira, Elizabeth Reis
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Programa de Pós-Graduação em Letras e Lingüística da UFBA
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/10970
Resumo: O presente trabalho propõe uma discussão acerca da aprendizagem da escrita pelos surdos através da análise morfossintática de produções escritas por alunos da Escola Wilson Lins (localizada em Salvador-BA), o que se constitui o corpus da pesquisa. Sabendo que as línguas de sinais utilizam o espaço a frente do corpo, o movimento e a direcionalidade para o estabelecimento das relações gramaticais, que quanto à concordância verbal, há verbos que apresentam afixos de concordância em oposição a verbos que não apresentam esse elemento, observa-se as principais alterações morfossintáticas presentes nas produções desses alunos e argumenta-se que elas não são decorrentes de aspectos patológicos; mas de um processo através do qual o indivíduo reflete sobre a língua, transferindo para a escrita a estrutura da Língua Brasileira de Sinais. Observa-se, desse modo, que a aquisição de uma língua de sinais é indispensável para a aprendizagem da escrita de uma segunda língua pelo surdo. E o grau de domínio em ambas as línguas pode estar relacionado à maneira como a família se comporta diante da surdez, motivando ou não o surdo através de (e para) o uso da língua de sinais utilizada na comunidade surda de seu país.