Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Ítalo Nascimento de
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Orientador(a): |
Nunes Neto, Nei de Freitas
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Banca de defesa: |
El-Hani, Charbel Niño,
Rocha, Gustavo Rodrigues,
Reis, Claudio Ricardo Martins,
Scarpa, Daniela Lopes,
Conrado, Dália Melissa,
Nunes Neto, Nei de Freitas |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ensino, Filosofia e História das Ciências (PPGEFHC)
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Departamento: |
EDUFBA
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37695
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Resumo: |
A presente tese tem por objetivo derivar implicações das teorias do organismo para o currículo de Biologia do ensino médio. Sua estrutura contém dois capítulos, que podem ser apreciados como artigos distintos. O primeiro capítulo é intitulado “Como tratar do organismo no ensino médio de biologia: implicações para o currículo” e se insere num esforço mais amplo de estabelecer critérios para seleção de conteúdos conceituais para o currículo de Biologia. Nele, mostramos como os currículos atuais tratam os organismos de forma fragmentada, na medida em que enfatiza as diferenças entre os grupos filogenéticos e expõe um número excessivo de conceitos específicos. Argumentamos que, se queremos um ensino interdisciplinar e não reducionista de Biologia – que não a reduza à Química e à Física e que permita uma compreensão integrada dos organismos e do que todos eles têm em comum –, encontraremos nas teorias do organismo recursos úteis para reformular os currículos. Analisamos, então, a teoria geral do organismo proposta por Zamer e Scheiner e a teoria do grupo ORGANISM, identificando os conceitos estruturantes destas teorias, e propomos com base neles quatro tópicos que podem servir de base para estruturar parcialmente o currículo de Biologia em torno do conceito de organismo. O segundo capítulo, intitulado “A Teoria Organizacional da Autonomia e a descontinuidade conceitual entre sistemas e linhagens: uma primeira aproximação” é uma contribuição original à Teoria Organizacional da Autonomia (integrante do esforço do grupo ORGANISM) no âmbito da filosofia da biologia. Analisamos aspectos da teoria através da descontinuidade conceitual entre a Biologia de sistemas e a Biologia de linhagens apontada por Caponi. Mostramos como a descontinuidade traz problemas à concepção de variação adotada pela teoria e como o tratamento unificado das funções intra- e intergeracionais coloca em questão o status ontológico da organização como regime causal não redutível às partes de um sistema. Sendo um trabalho de filosofia da Biologia, a contribuição para o ensino se dá de maneira indireta ao contribuir para tornar a Teoria da Autonomia mais robusta, além de esclarecer alguns de seus fundamentos, o que contribui para que ela seja didaticamente transposta. |