Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Santana, Mariana Costa de |
Orientador(a): |
Carvalho, Cristiana M. Nascimento |
Banca de defesa: |
Safadi, Marco Aurélio P.,
Robazzi, Teresa Cristina Vicente,
Nunes, Ceuci de Lima Xavier,
Carvalho, Cristiana M. Nascimento |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Faculdade de Medicina
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Programa de Pós-Graduação: |
Ciências da Saúde
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/23351
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Resumo: |
Introdução: sepse é definida como síndrome da resposta inflamatória sistêmica associada à infecção, sendo a maior causa de óbito na faixa etária pediátrica. Febre é o principal sintoma relacionado à infecção e a queixa mais comumente relatada em emergências pediátricas. Estudos epidemiológicos sobre sepse pediátrica são escassos em países em desenvolvimento, embora importantes para a compreensão da realidade desta doença nessas regiões. Objetivo: descrever e comparar a frequência de agentes etiológicos e topografia dos focos iniciais de infecção em pacientes com e sem sepse, identificar fatores de risco e avaliar desfechos. Metodologia: estudo de coorte retrospectiva. Prontuários médicos de pacientes admitidos com febre no Serviço de Emergência Pediátrica da Universidade Federal da Bahia foram analisados, usando uma base de dados informatizada. Dados clínicos e demográficos da admissão e evolução foram registrados em formulários padronizados, sem conhecimento da classificação de ter ou não sepse, dada pelos médicos assistentes. Um projeto paralelo de investigação de pneumonias forneceu testes laboratoriais para investigação de etiologia de infecções respiratórias. Os critérios de Goldstein e cols. de 2005 foram usados para classificar os pacientes em “com” e “sem” sepse. Resultados: no total, dos 254 pacientes elegíveis, 120 (47%) tinham e 134 (53%) não tinham sepse. A mediana (IQR) de idade foi 1,7 anos (0,8-3,9 [mínimo19 dias, máximo 12,6 anos]) e 153 (60%) eram meninos. Pacientes com sepse eram mais velhos (2,8 [1,1-1,3] vs. 1,3 [0.6-2.9] anos; p<0,0001) e tiveram doença falciforme mais frequentemente (7,6% vs. 0.8%; p=0.007). Através de regressão logística múltipla, idade (OR[95%IC]: 1,2 [1,1-1,3]) e doença falciforme (OR[95%IC]: 8,8 [1,1-71,2]) foram independentemente associados a sepse. Os focos mais frequentes foram pneumonia (46%), diarreia (20%) e celulite/adenite (13%). A frequência desses focos não diferiu quando pacientes com e sem sepse foram comparados. Etiologia foi estabelecida em 57 (22,4%) pacientes, 32 (26,7%) e 25 (18,7%) com e sem sepse respectivamente (p=0.1). Infecção por Staphylococus aureus foi detectada em 4 (3,3%) dos pacientes com sepse, enquanto nenhum (0%) dos pacientes sem sepse teve essa infecção (p=0,049). Quatro (3,4%) pacientes morreram no grupo com sepse, enquanto nenhum morreu no outro subgrupo (p=0,048). Conclusão: crianças com sepse apresentaram diferenças em idade, comorbidade (doença falciforme) e frequência de infecção por S. aureus e tiveram maior probabilidade de morrer. |