O processo de legitimação da fotografia no campo da arte e sua repercussão na Bahia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Fath, Telma
Orientador(a): Corrêa, Elyane
Banca de defesa: Grecco, Priscila, Brunet, Karla, Paraiso, Juarez, Oliva Junior, Edgard
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Escola de Belas Artes
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/33005
Resumo: Esta pesquisa trata do processo de legitimação da fotografia no campo das artes visando entender suas bases históricas e repercussão no Brasil, em particular na Bahia. A partir do conceito de “campo”, de Pierre Bourdieu, procurou-se compreender os principais acontecimentos que determinaram a posição ocupada pela fotografia desde os seus primórdios e permanência. Na busca por reconhecimento artístico, os fotógrafos desenvolveram experimentações criativas que constituíram os fundamentos para utilização da fotografia pelos artistas, nas primeiras décadas do século XX, quando, também, a fotografia passou a ser admitida no Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA). No Brasil, na segunda metade do século XIX, a fotografia foi utilizada como ferramenta por muitos pintores e na Bahia. A Academia de Belas Artes acompanhou as orientações da Academia Imperial, introduzindo a fotografia na programação de suas primeiras Exposições Gerais. Professores e estudantes, oriundos da Academia de Belas Artes da Bahia, incluíram a fotografia dentre seus serviços artísticos. Nos anos de 1940, a atuação do Foto Cine Clube Bandeirante foi fundamental para a inserção da fotografia nos espaços legitimadores da arte, exercendo, também, influência no cenário fotoclubista brasileiro. Na Bahia, nos anos de 1960, a fotografia adentrou o Museu de Arte Moderna e foi integrada em exposições de caráter nacional, como: 1° Salão Nacional de Arte Fotográfica da Bahia; Sala Especial de Fotografia, na II Bienal de Artes Plásticas da Bahia; II Salão Bahiano da Fotografia Contemporânea. Seguindo as tendências internacionais de renovação da arte moderna, a fotografia passou a ser assimilada de forma híbrida pelos artistas baianos: Lênio Braga, Juarez Paraiso, Jamison Pedra e Silvio Robatto, no projeto ambiental do grupo Etsedron, dentre outros. Posteriormente, as transformações ocorridas no campo da arte em relação à significação do objeto de arte favoreceu o processo de legitimação da fotografia como obra de arte, repercutindo na Bahia, inicialmente, nos Salões Universitários, em que a fotografia apareceu pela primeira vez como categoria específica e, em seguida, na Bienal do Recôncavo e no Salão da Bahia.