Acessibilidade arquitetônica nas universidades: entraves e desafios no Campus Canela da Universidade Federal da Bahia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Assmar, Ana Carolina Souza Paiva Chamusca lattes
Orientador(a): Monteiro, Doraliza Auxiliadora Abranches lattes
Banca de defesa: Monteiro, Doraliza Auxiliadora Abranches lattes, Ribeiro, Elizabeth Matos, Brandão, Pamela de Medeiros
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Núcleo de Pós-Graduação em Administração (NPGA)
Departamento: Escola de Administração
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/35522
Resumo: O presente trabalho analisa as condições de acessibilidade nas edificações educacionais da Universidade Federal da Bahia (UFBA), especificamente, as localizadas no Campus Universitário do bairro do Canela, sendo elas, a Faculdade de Direito, a Escola de Administração, a Faculdade de Educação e a Faculdade de Ciências Contábeis. Partiu-se da análise das conformidades e inconformidades no atendimento às normas de acessibilidade vigentes. A UFBA possui dois Campi em Salvador, sendo o Campus Canela (lócus da pesquisa) o mais antigo deles. Com exceção da unidade pertencente à Faculdade de Ciências Contábeis, inaugurada em 2014, as demais unidades estudadas foram construídas nas décadas de 1960 e 1980, contexto social de uma época marcada pela ausência de normas ou leis que exigissem acessibilidade nos espaços, demonstrando certo descaso com aspectos de acessibilidade e pessoas com deficiência. Para esta pesquisa, foi realizado o levantamento das leis e normas referentes à acessibilidade, analisando a evolução, as diferenças nas atualizações e os possíveis impactos nas edificações. Em seguida, foi realizada a observação in loco, utilizando modelo de checklist utilizado pela Superintendência de Meio Ambiente e Infraestrutura da UFBA (SUMAI/UFBA), criado a partir das exigências contidas na ABNT NBR 9050: 2015 e formado por dez dimensões referentes a aspectos de análise da área interna das edificações e possibilitando avaliação objetiva dos espaços, sendo elas: 1) Atendimento/ Recepção; 2) Corredores e vias internas; 3) Escadas; 4) Rampas; 5) Portas e aberturas; 6) Elevador de passageiros; 7) Plataforma de elevação vertical; 8) Sanitários; 9) Espaços coletivos e; 10) Copa/Cozinha. Posteriormente, foi realizada a análise comparativa entre as unidades, a fim de identificar inconsistências, semelhanças, especificidades e possíveis soluções de melhoria às unidades de estudo. A partir dos resultados, foi possível analisar as dimensões de acessibilidade e trazer aspectos específicos sobre os entraves e desafios, além de observar as reais condições de acessibilidade nas edificações, comprovando-se que edificações mais novas, de fato, possuem menos inconformidades que as edificações mais antigas, embora consideráveis para padrões de edificações e orientações normativas mais recentes. Entretanto, intervenções pontuais nas edificações mais antigas, serviram para a melhoria dos espaços e para o aumento das conformidades, chegando a ultrapassar os percentuais de unidades mais novas, mas, por outro lado, propiciou inconformidades em alguns ambientes reformados. Assim, ainda que as edificações tenham sido projetadas para serem espaços públicos, acessíveis a todos, elas não previram a permanência e autonomia das pessoas com deficiências.