Do sedimento ao dna: será que a culpa é dos metais? (bioacumulação, resposta bioquímica e diversidade genética)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Oliveira, Daiane Aparecida Francisco
Orientador(a): Mafalda Júnior, Paulo de Oliveira
Banca de defesa: Mafalda Júnior, Paulo de Oliveira, Queiroz, Antônio Fernando de Souza, Oliveira, Eddy José Francisco, Jesus, Taise Bonfim, Barbosa, Ana Cecília Rizzatti de Albergaria
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Geociências
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geoquímica: Petróleo e Meio Ambiente
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/26280
Resumo: Atualmente, diversos tipos de poluentes são lançados direta ou indiretamente nos sistemas estuarinos. Dentre eles, os metais recebem uma maior atençãodevido àalta toxicidade e bioacumulação apresentada por alguns desses elementos. Como efeito, podem desencadear respostas oxidativas e fisiológicas em diferentes níveis organizacionais e causar perda da diversidade genética em um processo conhecido como “erosão genética”. Assim, entender como essa contaminação está afetando as comunidades estuarinas é crucial para a preservação evolucionaria das espécies.Os objetivos desse estudo foram: i) determinar a concentração biodisponível dos metais (Ba, Cr, Cd, Cu, Mn, Ni, V e Zn) e a bioacumulação em caranguejos Ucides cordatusem três manguezais da Baía de Todos os Santos (BTS); ii) avaliar a resposta ao estresse ambiental por metais em caranguejos U. cordatus; iii) determinar os efeitos de diferentes históricos e graus de contaminação sobre a diversidade genética. O manguezal do rio São Paulo é o mais homogêneo vertical e horizontalmente e contem maiores concentrações nos sedimentos podem estar ligadas as atividades petroquímicas da região. No rio Subaé, os metais com maiores biodisponibilidade como Pb e Cd que estão claramente ligadas ao processamento de minério que ocorreu na região e gerou um passivo ambiental crônico. O manguezal do rio Jaguaripe apresentou-se o mais heterogêneo entre os três estudados, provavelmente devido à baixa concentração de metais encontrados na região. Os resultados comprovaram que os biomarcadores utilizados apresentam sensibilidade aos efeitos estressores dos metais em invertebrados. Os biomarcadores bioquímicos e moleculares, Glutationa S-transferase e razão RNA/DNA, indicaram forte influência e correlação positiva dos ambientes contaminados nas atividades metabólicas de U. cordatus. Além disso, os resultados obtidos com os biomarcadores moleculares, ISSR, indicaram redução da diversidade genética com o aumento da concentração de metais no ambiente. Os caranguejos de rio São Paulo apresentou diversidade genética inferior, seguido pelos caranguejos de rio Subaé e rio Jaguaripe, respectivamente.