Bases anticoloniais para o ensino histórico-crítico de química: primeiras incinerações

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Magalhães, Pedro lattes
Orientador(a): Messeder Neto, Hélio da Silva lattes
Banca de defesa: Santos, Paloma Nascimento lattes, Nascimento, Carolina Picchetti lattes, Rosa, Katemari Diogo da lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ensino, Filosofia e História das Ciências (PPGEFHC) 
Departamento: Faculdade de Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36861
Resumo: A dificuldade de docentes em química com a implementação do ensino obrigatório de história e cultura africana e afro-brasileira tem sido frequentemente relatada na literatura, suscitando a necessidade do desenvolvimento de teorias pedagógicas que sirvam ao trabalho docente. Nesse sentido, objetivamos, aqui, elaborar princípios pedagógicos com vias de orientar o trabalho de docentes em química no referido ensino nas aulas de química, tentando dar conta dessa necessidade concreta que tem sido relatada na literatura. A produção destes princípios se deu por via de uma pesquisa teórica ancorada no materialismo histórico-dialético, lançando mão da história de lutas e os respectivos acúmulos teóricos do movimento negro brasileiro e de uma análise teórica da literatura especializada. Os três princípios são: i) A dimensão histórico-sociológica dos sujeitos concretos do trabalho pedagógico; ii) A forma dos elementos didáticos no ensino de história e cultura africana e afro-brasileira nas aulas de química e iii) O ensino concreto de história e cultura africana e afro-brasileira nas aulas de química como produtor de uma concepção revolucionária de mundo. Eles se ancoram teórico-metodologicamente na pedagogia histórico-crítica e dão encaminhamentos para pensar os sujeitos concretos do trabalho pedagógico a partir de sua história, a contribuição do ensino de química para a formação de um sujeito revolucionário e como consolidar as articulações entre química e história e cultura africana e afro-brasileira na sala de aula. O trabalho suscita um debate para a pedagogia histórico crítica e o campo da educação das relações étnico-raciais, tensionando a multitude de proposições didáticas presentes no segundo, como também a ausência de investigações deste tema no primeiro.