Gestão estética em organizações artísticas: a sensibilidade da gestão a partir da abordagem autoetnográfica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Araújo, Bianca Cruz de
Orientador(a): Davel, Eduardo Paes Barreto
Banca de defesa: Souza, Elisabeth Regina Loiola Da Cruz, Antonello, Claudia Simone, Wood Junior, Thomaz, Leitão, Claudia Sousa
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Escola de Administração
Programa de Pós-Graduação: Núcleo de oós-Graduação em Administração
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/34412
Resumo: Esta pesquisa qualitativa visa compreender, problematizar e categorizar a gestão de organizações artísticas a partir da lente da estética, destacando suas potencialidades e seus desafios. Os campos da gestão de organizações artísticas e estética organizacional foram utilizados como embasamento teórico. A fim de atingir o principal objetivo deste estudo, foi utilizada a autoetnografia, metodologia de pesquisa que se utiliza das experiencias do pesquisador como lente. A pesquisadora acumulou 20 anos de experiência como gestora de organizações artísticas, atuando nos mais diversos setores da cadeia produtiva das artes. Foram escolhidas seis experiências vividas no Brasil e duas experiências vividas na Austrália durante o período de doutorado sanduiche. Faz parte do processo de pesquisa autoetnográfica o estranhamento: momento em que o pesquisador confronta suas experiencias com outros pares a fim de complementar, retificar ou ratificar informações e percepções. Para o estranhamento foram pesquisadas dez organizações artísticas no Brasil através de entrevistas com seus gestores, observação e documentos. A tese é estruturada por artigos. O primeiro artigo é teórico e inaugura no Brasil, uma visão integrada, ampla e consolidada da produção acadêmica sobre a gestão de organizações artísticas. O segundo artigo versa sobre o método autoetnográfico. O terceiro artigo é teórico-empirico e resultou na expansão da lógica atual de pensamento no consumo, focado apenas no gerenciamento de produtos, destacando o consumo estético como um caminho poderoso para gestão e sustentabilidade de organizações artísticas. O quarto artigo é teórico-empirico e fornece uma interpretação holística da produção acadêmica sobre gestão de organizações artísticas e apresenta uma base para reconceptualizar a gestão de organizações artísticas a partir de uma perspectiva estética. O quinto artigo é um caso para ensino e suscita aprendizagem sobre desafios e singularidades de uma organização artística a partir da perspectiva de sua gestão. Os resultados obtidos revelaram singularidades, potencialidades e desafios de organizações artísticas, que ainda não haviam teorizados sob a perspectiva da estética. Como resultado, esta pesquisa traz importantes contribuições para os campos da gestão de organizações artísticas e estética organizacional, para o método autoetnográfico e para as práticas de gestores, professores, pesquisadores, elaboradores de políticas públicas e desenvolvimento social.