SOBRE A FORMAÇÃO EM ENCENAÇÃO TEATRAL: Análise de uma experiência pedagógica em sala de aula e de seus respectivos itinerários de processos criativos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Antonello, Carla Medianeira
Orientador(a): Machado Santos, Gláucio
Banca de defesa: Tudella, Eduardo Augusto da Silva, Mendonça, Celida Salume, Collaço, Vera Regina Martins, da Silva, Narciso Larangeira
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Escola de Teatro e Escola da Dança
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/21627
Resumo: A presente pesquisa visa estudar os procedimentos para a construção da encenação, a partir da investigação de uma experiência pedagógica em sala de aula e da averiguação do discurso de encenadores como Stanislávski, Meyerhold, Grotowski, Barba, Mnouchkine, Brook e Bogart. Para isso, a proposta é estudar os procedimentos utilizados, a exemplo da análise ativa e da transposição de contos, para a criação da montagem, por meio de uma pesquisa qualitativa de natureza exploratória, envolvendo levantamento bibliográfico, leituras e análise crítica das obras selecionadas para o estudo. Nesse processo, foram essenciais o estágio de observação efetuado na disciplina Fundamentos da Dramaturgia do Encenador, a entrevista realizada com a professora Inês Alcaraz Marocco, os questionários e as entrevistas aplicadas aos estudantes e o exame do plano de ensino da disciplina em questão, que é ofertada de forma obrigatória no terceiro semestre do Curso de Graduação em Teatro e pertence ao Departamento de Arte Dramática da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Os resultados obtidos revelaram que, apesar de os estudantes seguirem os mesmos procedimentos para a montagem, o processo de criação caracteriza-se por um saber-fazer que ultrapassa o conhecimento técnico, já que abrange universos que envolvem subjetividades em um trabalho coletivo, crítico e criativo, que necessita de comportamentos éticos e da sensação de pertencimento à equipe. Foi possível concluir, ainda, que o professor precisa criar o ambiente favorável para que os estudantes tenham autonomia para realizar as suas respectivas montagens. Nos diferentes trajetos desses processos de criação, dialogaram várias vozes pertencentes ao universo da sala de aula, da professora e dos estudantes, que se movem em meio a paixões próprias nos percursos criativos, a conflitos inerentes à construção do trabalho em uma equipe e a encontros de soluções cênicas que incitam um mergulho cada vez mais profundo na experimentação. Percebeu-se, por fim, que as experiências realizadas na sala de aula se notabilizam em meios para a formação da consciência e da conduta reflexiva, criativa e ética necessária para a formação em direção teatral.