Necroeducação: Racismo, juventude e enfrentamento na escola pública em Salvador

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Santos, Janete Fernandes Suzart da Silva lattes
Orientador(a): Silva, Jamile Borges da lattes
Banca de defesa: Silva, Jamile Borges da lattes, Santana, Jusciney Carvalho lattes, Sá, Silvia Michelle Macedo de, Sousa, Cristiane, Santos, Janete Fernandes Suzart da Silva
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Estudos Étnicos e Africanos (PÓS-AFRO) 
Departamento: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH)
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/34910
Resumo: Na presente pesquisa toma-se por base a teoria da Educação Antirracista para analisar as práticas dos professores sobre a política do enfrentamento ao racismo direcionado à juventude negra em escolas públicas de Salvador; além disso, observam-se as ferramentas pedagógicas que tornam possível que a necroeducação seja acionada como mecanismo de aniquilamento dos sujeitos negros. Assim, verifica-se como a escola tem traçado estratégias para o combate ao racismo e trabalhado a questão da negritude, temos como objetivo compreender as práticas docentes quanto à política de enfrentamento ao racismo, no âmbito escolar. Nesse sentido, a pesquisa suscita a seguinte questão, se as práticas pedagógicas presentes na escola pública em Salvador favorecem a emancipação/autonomia do (a) jovem negro (a). Busca também compreender temáticas relacionadas ao empoderamento, à exclusão e a discriminação. A metodologia aplicada foi a qualitativa exploratória, na perspectiva dialética, visto que ela favorece a reflexão sobre a prática educativa buscando causas e consequências do fenômeno descrito, através da discussão e argumentação dialogada, podendo proporcionar a identificação nessa construção pedagógica, de elementos de uma Educação Equitária Antirracista ou uma educação eurocêntrica, aqui denominada de prática da Necroeducação, e como elas contribuem para a emancipação e construção do ser jovem negro. A pesquisa tem como objeto a análise das práticas de docentes que trabalham com jovens negros na faixa etária entre 15 a 29 anos matriculados no ensino médio e na EJA - educação de jovens e adultos em escolas públicas de Salvador. O estudo indica uma contribuição da educação antirracista para favorecer o respeito à diversidade e a valorização da história e cultura africana e afro-brasileira na educação básica. Os dados foram colhidos por um questionário/entrevista através do google forms e quando analisados demonstraram entre outros resultados; a ratificação da existência do racismo no ambiente escolar; o fortalecimento do racismo através de práticas pedagógicas eurocêntricas; que o enfrentamento ao racismo não compõe o fazer pedagógico das escolas públicas pesquisadas; que existe uma relação entre os fatores de exclusão dos jovens negros (as) e as práticas educacionais presentes na escola pública em Salvador; e que a prática da educação antirracista pode promover a autonomia do jovem negro (a).