Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Silva, Rafael Sancho Carvalho da
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Orientador(a): |
Aras, Lina Maria Brandão de
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Banca de defesa: |
Aras, Lina Maria Brandão de
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Freitas, Antônio Fernando Guerreiro Moreira de
,
Santos, Clóvis Caribé Menezes dos
,
Novaes, João Reis
,
Paraíso, Maria Hilda Baqueiro
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em História (PPGH)
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Departamento: |
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH)
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/34992
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Resumo: |
A tese “O “Grande Sertão” do Império: tensões políticas e sociais nos sertões do rio São Francisco (1827 – 1889)” tem como objeto de estudo as autoridades do sertão do rio São Francisco entre 1827 e 1889. É uma pesquisa de História Regional que, a partir do estudo das autoridades da comarca do rio São Francisco, analisa as relações de poder e a constituição deste sertão enquanto região. Assim, a partir da abordagem da História Regional é que atrelamos a História Social e a História Política. O objetivo desta tese é analisar a atuação das autoridades do Estado Imperial brasileiro no sertão do rio São Francisco e a organização de suas redes de apoio a partir das tensões sociais e políticas na região. Desse modo, atentamos para a circulação e carreira política e burocrática dos agentes do Estado Imperial e, também, para as interferências dos governos nacional e provincial na organização territorial. A comarca do rio São Francisco é uma parte do sertão com o mesmo nome e ela foi anexada ao território da província da Bahia em 1827. Ela foi criada em 1820 e, em 1824, foi transferida para a província de Minas Gerais onde permaneceu provisoriamente até 1827 quando ocorreu a transferência, em caráter provisório, para a Bahia. Assim a pesquisa estabeleceu o recorte cronológico a partir da transferência para a Bahia até o fim do regime monárquico em 1889. Analisamos como o conceito de sertão foi moldado a partir da herança colonial na qual o interior ficou atrelado a oposição ao litoral e percebido como fronteira civilizacional pelos agentes do Estado brasileiro. A participação das autoridades pode ser observada a partir das percepções sobre ordem e civilidade, ambas pelo prisma eurocêntrico, mas também pela sua atuação na repressão aos movimentos rebeldes e pelas alianças com as elites locais nas disputas de poder. Tais autoridades serviam como peça importante nos jogos de controle das camadas subalternas, além de serem agentes políticos na conformação do poder regional. A tese está dividida em 07 seções: 1) Introdução: apresentamos as ideias gerais da pesquisa, uma revisão bibliográfica sobre os conceitos de Região e História Regional e a síntese das seções seguintes. 2) aborda a noção de sertão e de sertão do rio São Francisco observando a construção do conceito como parte de uma perspectiva eurocêntrica das camadas dirigentes sobre a população sertaneja; 3) trata das relações entre o Estado brasileiro e o sertão do rio São Francisco. Assim, discutimos a formação e transferências da comarca do rio São Francisco, os projetos de criação de província e a estrutura econômica; 4) debatemos as tensões sociais e as ações das autoridades para reprimir e controlar as camadas subalternas; 5) analisamos as tensões políticas e a ação das autoridades sertanejas nas lutas dos potentados locais; 6) analisamos a participação das autoridades sertanejas nas articulações políticas regionais. 7) A última seção são as Considerações Finais. A tese utilizou uma variedade de fontes como documentos manuscritos (em especial correspondências de juízes e câmaras de vereadores para o governo provincial), obras e dicionários produzidos ao longo do século XIX, imprensa e cartografia. |