Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Souza, Jacó dos Santos
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Orientador(a): |
Pires, Maria de Fátima Novaes
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Banca de defesa: |
Pires, Maria de Fátima Novaes
,
Azevedo, Elciene Rizzato
,
Sousa, Ione Celeste Jesus de
,
Reis, Isabel Cristina Ferreira dos
,
Fraga Filho, Walter da Silva
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em História (PPGH)
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Departamento: |
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH)
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/34999
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Resumo: |
Neste estudo analiso itinerários dos abolicionistas cachoeiranos Cincinato Ricardo Pereira da Franca, Manuel Tranquilino Bastos e Cesário Ribeiro Mendes, entre os agitados anos de 1880 a 1891. Através das histórias de vida desses sujeitos, procuro compreender as tensões e embates sociais relacionados aos encaminhamentos da abolição e os primeiros anos do pós-emancipação, na cidade de Cachoeira, Recôncavo da Bahia. As trajetórias desses abolicionistas aparecem atreladas às lutas pela liberdade e evidenciam, além de relações conflituosas com senhores nos instantes finais da escravidão, as expectativas e esperanças de inúmeros escravizados que elaboraram diversas formas de resistência e enfrentamento ao mundo escravista. O cruzamento de diferentes documentos como ações de liberdade, inventários, correspondências policiais, assentos de batismo, periódicos, processos criminais entre outros, permitiu constatar que os abolicionistas deste estudo, aliados a tantos outros indivíduos, tiveram participação ativa nos processos de desmonte da escravidão, tensionando o secular poder senhorial no Recôncavo da Bahia. Neste sentido, argumento que, apesar da postura combativa adotada pelos abolicionistas Cincinato Franca, Tranquilino Bastos e Cesário Mendes, a historiografia que tratou dos últimos anos da escravidão privilegiou ações e estratégias de outros sujeitos envolvidos nas campanhas pela abolição, notadamente os que atuaram na região sudeste do país, tomados como expressão máxima do abolicionismo brasileiro. As ações dos abolicionistas que atuaram no Recôncavo da Bahia apontam a necessidade de ampliar o olhar para outros sujeitos que mobilizaram temas cruciais em finais do século XIX e, deste modo, repensar a historiografia da abolição cristalizada em torno dos abolicionistas que atuaram no eixo Rio-São Paulo. |