Sertanejos e ribeirinhos quilombolas de vicentes: memória e identidades

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Damázio, Itamara Silva
Orientador(a): Cunha, Marcelo Nascimento Bernardo da
Banca de defesa: Cesar, América Lúcia Silva, Nepomuceno, Nirlene
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
Programa de Pós-Graduação: Programa multidisciplinar em estudos étnicos e africanos
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/27502
Resumo: Através desta pesquisa etnográfica na Comunidade rural e ribeirinha de Vicentes em Xique-Xique/Ba que se constituiu como quilombo da contemporaneidade brasileira desde dezembro de 2006, a partir do reconhecimento registrado em certidão pela Fundação Cultural Palmares, constatou-se que a narrativa de origem contada pelos seus moradores indica a chegada do negro e, possivelmente, escravizado que fugiu das terras de Pernambuco, Vicente Baldino e de sua esposa Joventina, ao Município de xique-Xique ainda no século XVIII e que, após sofrer discriminação racial no então Distrito de Marreca, resolve construir sua família numa área próxima que passou a ser denominada de Vicentes. Sendo que nessa área, a família cresceu, mas o trabalho intenso com a terra e a criação de pequenos animais não foi suficiente para proporcionar melhores condições sociais e econômicas de vida a estes sujeitos que buscam através da prática do catolicismo popular, da produção do samba de roda e roda de São Gonçalo, meios de continuarem nessa terra e de afirmarem seus valores, sua importância no meio social local. Ser quilombola para o grupo significa acessar constantemente esta memória de origem, pois isto representa sua valorização identitária, a possível assunção de garantias sociais e econômicas e o título de terra. Entretanto após quase dez anos de início do processo de “quilombolização” na Comunidade, o grupo conquistou pouquíssimos avanços e ainda acredita, mesmo com certo desânimo, em alcançar seus objetivos que nada mais são do que direitos básicos para que qualquer cidadão possa viver dignamente em sociedade.