Aspectos culturais na tradução de Tenda dos Milagres

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Batista, André Luiz Nogueira
Orientador(a): Ramos, Elizabeth Santos
Banca de defesa: Costa, Walter, Lima, Rachel Esteves
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Letras
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Literatura e Cultura
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/26340
Resumo: O presente trabalho é produto da pesquisa que se propôs a analisar a tradução dos itens lexicais referentes a aspectos da cultura popular baiana presentes no romance Tenda dos Milagres, de Jorge Amado, publicado nos Estados Unidos, em 1969, para a língua inglesa, assinada por Barbara Shelby Merello e publicada nos Estados Unidos, em 1971. A análise das estratégias tradutórias se deu a partir do cotejo entre o texto de partida e sua tradução, com base nos conceitos de Domesticação e Estrangeirização, cunhados por Lawrence Venuti. A pesquisa buscou, também, analisar as relações sociopolíticas e culturais entre Brasil e Estados Unidos desde a década de 1930 até o início da década de 1970, quando a tradução foi publicada, além de investigar de que forma essas relações podem ter influenciado as escolhas práticas e metodológicas da tradutora. Verificou-se que, embora os textos estrangeiros traduzidos e publicados nos Estados Unidos tradicionalmente sigam tendências domesticantes, a tradução de Tenda dos Milagres assinada por Merello faz uso frequente de ambos os mecanismos – estrangeirização e domesticação –, indicando, pois, não haver grande preponderância de uma estratégia sobre a outra. Para fundamentar as discussões teóricas, a pesquisa se valeu também da Teoria dos Polissistemas, desenvolvida por Itamar Even-Zohar, dos conceitos de Reescritura e Patronagem, elaborados por André Léfevère e das noções de Rastro, Différance e Suplemento, discutidas por Jacques Derrida.