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Perfil de pacientes sob tratamento oncológico que realizaram radiografia panorâmica em uma clínica de Salvador – Bahia durante o período de 2016 a 2020

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Gomes, Jéssica Alves lattes
Orientador(a): Ramalho, Luciana Maria Pedreira lattes
Banca de defesa: Ramalho, Luciana Maria Pedreira lattes, Rabello, Iêda Margarida Crusoé Rocha lattes, Silva, Virgínia Dias Uzêda e
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas (PPGORGSISTEM) 
Departamento: Instituto de Ciências da Saúde - ICS
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/34869
Resumo: Introdução: As afecções dentárias antecedentes e a higiene bucal inadequada são fatores de risco para surgimento de complicações bucais durante a oncoterapia. É importante o trabalho conjunto do cirurgião-dentista e da equipe médica para realização de prevenção e de terapias odontológicas antes e durante a oncoterapia. Objetivo: Avaliação do perfil epidemiológico e imaginológico de indivíduos acompanhados em tratamento oncológico, que realizaram radiografia panorâmica antes ou durante a oncoterapia, em uma clínica referenciada de diagnóstico por imagens odontológicas em Salvador-Bahia, entre agosto de 2016 e março de 2020. Material e métodos: Avaliaram-se 65 radiografias panorâmicas desses indivíduos, dividindo-os em pré-tratamento e durante. A tabulação dos dados registrou: data de realização do exame, sexo, idade, localização do tumor, presença e localização da metástase, estágio e tratamento oncoterápico, número de dentes com lesão de cárie, com raízes residuais e atingidos por perda óssea pontual, exceto de furca e com comprometimento de furca, lesão radicular, presença de cálculo dentário, perda óssea generalizada, Cortical do Canal Mandibular (CCM) e Índice da Cortical Mandibular (ICM). Desenvolveram-se as variáveis referentes à necessidade de tratamento endodôntico, periodontal, exodontia e restauração e ao número de dentes com tais necessidades. Resultados: Das 65 pessoas selecionadas, 47,7% constavam no pré-tratamento e 52,3% durante. No pré-tratamento, 51,6% eram do sexo masculino e 48,4%, feminino, enquanto que durante o tratamento foi de 23,5% e 73,5%, respectivamente. A faixa etária no pré-tratamento foi de 19,4% com menos de 45 anos e 80,6%, com 45 ou mais, enquanto que durante o tratamento foi de 8,8% e 91,2%, respectivamente. Sobre medicação antirreabsortiva e antiangiogênica, só havia uso durante o tratamento e esse valor foi de 41,2%. Na modalidade de tratamento, de forma conjunta ou isolada no pré-tratamento, 25,8% fizeram cirurgia, 35,5% radioterapia, 80,6% quimioterapia, 22,6% hormonioterapia, 6,5% terapia alvo, 29% imunoterapia, 6,5% transplante de medula óssea, 0% iodoterapia, 3,2% medidas de conforto e cuidados paliativos caseiros; durante o tratamento, 47,1%, 35,3%, 91,2%, 38,2%, 20,6%, 2,9%, 2,9% 0% e 0%, respectivamente. Apresentaram cálculo dentário no pré-tratamento 67,7% e durante ele, 85,3%. Tratamento endodôntico constou para 90,3% no pré-tratamento e 85,3% durante. Na identificação de dentes com necessidades de tratamento endodôntico, a mediana foi de 4 (q=1 e q3=6) no pré-tratamento e 4 (q1=2 e q3=7), durante. Sobre perda óssea generalizada, no pré-tratamento 45,2% das pessoas apresentaram ausência, 22,6% de forma leve, 9,7% leve a moderada, 12,9% moderada, 3,2% moderada a severa e 6,5% severa; durante o tratamento, esses valores foram de 32,4%, 29,4%, 8,8%, 23,5%, 2,9% e 2,9%. No CCM, para pré-tratamento, foram 22,6% contínuo, 51,6% descontínuo e 25,8% indefinido; durante o tratamento, foram de 17,6%, 67,4% e 17,6%, respectivamente. No ICM, para pré-tratamento foram 6,5% em C1, 35,3% em C2 e 55,9% em C3 e durante 8,8%, 35,3% e 55,9% respectivamente. Conclusão: Houve grande número de sujeitos com higiene bucal insatisfatória e com alguma necessidade de tratamento endodôntico. Esse quantitativo foi alto no pré-tratamento, mas foi ainda maior nos pacientes que se encontravam em terapia antineoplásica. É importante que a atenção odontológica ocorra antes desse período, a fim de evitar complicações bucais e sistêmicas. A densidade mineral óssea foi menor durante a oncoterapia.