Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Dias, Maicon Vinícius Pereira
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Orientador(a): |
Brondani, Joice Aglae
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Banca de defesa: |
Santos, Marcos dos Santos
,
Brondani, Joice Aglae
,
Haderchpek, Robson Carlos
,
Silva, Reginaldo Carvalho da
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Artes Cênicas (PPGAC)
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Departamento: |
Escola de Teatro
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36370
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Resumo: |
Este trabalho visa dissertar sobre os palhaços músicos no semiárido brasileiro tendo como foco a música negra no picadeiro do Brasil. Como objetivo geral buscou-se saber de que forma se dá a presença da sonoridade musical da cultura negra no picadeiro e como ela contribui para o desenvolvimento e a qualidade artística na cena de palhaços do semiárido brasileiro. Traçamos uma pesquisa bibliográfica à sombra de teóricos estudiosos sobre circo, palhaço e música racializada para contextualizar os circos brasileiros e seus formatos. Identificamos em qual contexto a música e os palhaços-músicos desenvolvem suas habilidades no picadeiro, enfatizando estas presenças por meio dos palhaços-músicos-negros Benjamim de Oliveira, Eduardo das Neves e a palhaço Xamego. A fim de elucidar e negritar tais questões, após a diminuição dos casos do novo Coronavírus e autorização pelos órgãos competentes, partimos para campo para o estudo de caso, tratando primeiro a história do Transmundial Circo, o berço da família que, posteriormente, se dividiu em outros circos: Javem Circo, Circo Coimbra e Circo Estrela, dos quais abordo os palhaços Javem, Sonrisal e Palitinho. No estudo de caso, abordamos os palhaços supracitados que, por meio de entrevista semiestruturada nos revelaram seus processos musicais, bem como as suas trajetórias desde o Transmundial Circo até os dias atuais. Por fim, por meio de uma abordagem qualitativa através de análise do discurso, fizemos o cruzamento das informações no que tange às questões étnico-raciais e em torno de problemáticas acerca do riso, além de firmar o pensamento sonoro negro presente no picadeiro. Neste tocante, a pesquisa torna-se uma forte aliada na luta antirracista através da comicidade, bem como aponta para o pensamento decolonial na musicalidade dos/as palhaço/as. Conclui-se que este trabalho consiste em uma pesquisa política, na qual fundamentamos que a música negra no picadeiro do Brasil encontra-se enviesada pela apropriação cultural que maquia com pancake branco os processos artísticos/culturais do negro, operada pelo sistema estrutural e racista que conduz a indústria fonográfica, nos levando a perceber as sonoridades negras como sendo brancas, partidas de princípios colonialistas. |