Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Censi, Luciana de Jesus Lessa
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Orientador(a): |
Silva, Simone Bueno Borges da
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Banca de defesa: |
Silva, Simone Bueno Borges da,
Gil, Juana Maria Sancho,
Silva, Paulo Roberto Boa Sorte,
Aragão, Rodrigo Camargo,
Ramos, Fabiano Silvestre |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura (PPGLINC)
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Departamento: |
Instituto de Letras
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40259
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Resumo: |
Com o advento da cultura digital (Bortollazo, 2020; Cordeiro, 2014; Ribeiro, 2016) e a reconfiguração de práticas em diversos setores da sociedade surge também a necessidade de (re)aprender a ensinaraprender a língua inglesa (LI) na educação pública. Esta tese de doutorado teve como objetivo primordial identificar (des)caminhos emergentes, sob a perspectiva de humanos-não-humanos em uma escola pública de Feira de Santana – BA, no que tange ao uso de tecnologias digitais para o ensinoaprendizagem de inglês, frente aos multiletramentos (Cazden et al, 1996; Rojo; Moura, 2002; Cope; Kalantzis, 2009, 2020), a partir do ensino remoto emergencial (ERE) na pandemia da CoViD-19. Trago à tona dados gerados no recorte temporal dessa pandemia na escola da qual faço parte como docente da LI, onde acionei estudantes do 6º ano, eu mesma e não-humanos do ERE como atores das cenas em que sentidos e relações sobre/entre tais atores são evidenciados. Além disso, com base nos resultados da realização de um doutorado sanduíche na Universidade de Illinois em Urbana-Champaign, relaciono experiências pessoais e a (re)construção de sentidos ao longo de meu processo de ensinarpesquisar a LI. Metodologicamente, problematizo modos tradicionais de se fazer pesquisa em cenários complexos como a educação, sobretudo em tempos de ERE, e afirmo que esta investigação está situada em um entrelugar ou entremeio, tendo sido inspirada nas abordagens de pesquisa qualitativa e pós-qualitativa. Apresenta, pois, aspectos de um estudo de caso de natureza qualitativa interpretativista (Moita Lopes, 1994; Severino, 2007) em que há um realce para o conhecimento do particular; utiliza-se das lentes da etnografia (André, 2013) com fins de valorizar o processo e o contexto; e se vale também da autoetnografia (Ellis, 2011; Méndez, 2013) para conectar o pessoal ao cultural, reconhecer o conhecimento produzido pela experiência e acomodar a subjetividade, a emotividade e a influência da própria pesquisadora na investigação. Alguns pressupostos da pesquisa pós-qualitativa (Hernández Y Hernández; Benavente, 2019; St. Pierre, 2021) foram solicitados para considerar e lidar com a relação humano-não-humano nas cenas investigativas e, outrossim, proporcionar uma tentativa de superação de dicotomias tradicionais em pesquisas. No percurso construído, dados foram gerados por meio da aplicação de um questionário, do uso dos aplicativos WhatsApp e Meet e de aplicativos de línguas (Duolingo, Babbel, Memrise e Hello English), além de experiências de ensinoaprendizagem registradas em diário de bordo e em diário autoetnográfico. Com a análise e interpretação dos dados (Hayler, 2011; Moita Lopes, 1994), entre os (des)caminhos que sobressaíram, ficou evidente que, apesar de problemas como acesso e conexão, do quadro de exclusão digital escancarado pelo ERE, há possibilidades para a inserção de tecnologias digitais à sala de aula de inglês em uma perspectiva de educação libertadora (Freire, 1987), desde que isso aconteça associado a um projeto de ensino, considerando interesses e necessidades dos estudantes, em contraste a um quadro comumente contemplado em salas de aula em que a principal tecnologia educacional continua sendo apenas o(a) professor(a). |