Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Santos, Kátia Letícia |
Orientador(a): |
Bezerra, Antônia |
Banca de defesa: |
Dumas, Alexandra,
Andrade, Rutte |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Escola de Teatro
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/33571
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Resumo: |
As memórias de um povo narradas de forma escrita ou oral pelas mulheres revelam dinâmicas raciais e se constituem como mote para processos criativos em dramaturgias e encenações. Centrado nas experiências, na linguagem, na estética, nos discursos e elementos culturais de mulheres em quatro comunidades, sendo duas de ascendência africana, Parque Florestal, no município de Camaçari, e Quilombo do Dandá, em Simões Filho, ambas na Região Metropolitana de Salvador; e duas no continente africano, Achada Grande Frente e Rabelados Espinho Branco, localizadas na Ilha de Santiago, em Cabo Verde, a investigação conclama estes conhecimentos como proposição epistêmica em interação com os conhecimentos academicamente sistematizados. Nesse sentido, referencia-se ideologicamente no Pan-africanismo e tem, como base epistemológica a Afrocentricidade, em um diálogo com o Mulherismo Afrikana para uma compreensão racialmente centralizada das dinâmicas dessas mulheres, ao mesmo tempo em que se engaja em perspectivas teatrais, filosóficas, antropológicas, históricas e literárias. O percurso se reverbera de modo prático através de entrevistas orais como também com oficinas de escrita narrativa que, no seu itinerário metodológico, experimenta o Corpo Oráculo, uma série de exercícios guiados pela cosmosensação africana, como caminho de acesso às memórias e produção ritualizada de escritas autobiográficas. Nesse processo, as narrativas das mulheres incitam a criação de obras literárias, visuais e cênicas, sugerindo, no seu decurso, a proposição da Dramaturgia da Renascença Preta que, motivada pelo Renascimento Africano, busca por contribuir com as tantas possibilidades de se pensar o teatro negro |