"Botar Figurás" e "Desfigurar a Moeda": entremeios e formação para a cena de uma "Cínica" dança pessoal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: SILVA, Cláudio Antônio Santos da lattes
Orientador(a): COSTA, Eliene Benício Amâncio lattes
Banca de defesa: AMOROSO, Daniela Maria lattes, MARTINS, Suzana Maria Coelho lattes, CAVALCANTI, Telma Cesar lattes, MADUREIRA, José Rafael lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Artes Cênicas (PPGAC)
Departamento: Escola de Teatro
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/34665
Resumo: A presente tese: “Botar Figurás” e “Desfigurar a Moeda”: Entremeios e Formação para a Cena de uma “Cínica” Dança Pessoal, estrutura-se na imersão com o folguedo o Guerreiro Alagoano e seus entremeios, curtas representações dramáticas, bichos, figuras ou “figurás”. “Botar figurás”, significa encenar os entremeios no Guerreiro de Alagoas e ”desfigurar a moeda”, criar uma outra moeda corrente, conceito chave do Movimento Cínico da Antiguidade (SLOTERDIJK, 2012), (GOULET-GAZET; BRANHAM, 2007), (FOUCAULT, 1990), (ANTISERI; REALE, 1989). O subtítulo: Entremeios e Formação para a Cena de uma “Cínica” Dança Pessoal, incide pelo termo sujeito-trajeto-objeto (BIÃO, 2007), pelo artista-pesquisador-professor em atuação, sua trajetória formativa, elaborando o seu objeto de estudo. A tese delineia pelo procedimento descritivo a elaboração de três práticas como pesquisa: 1- a criação da sua cínica” dança pessoal, com a preparação das corporalidades entremeios, diferentes das encenadas no Guerreiro de Alagoas, pelo seu grupo, a Cia Cínica Dança; 2- a invenção de uma didática em dança pessoal com as corporalidades entremeios, inventadas no procedimento de criação, em aplicação em espaços de formação, revelando-se como etnométodos; 3- um tirocínio docente, edificado pela etnocenologia (BIÃO, 2007), na Educação Superior, nas disciplinas: Danças Populares de Alagoas e Danças do Brasil, na Escola de Dança, da Universidade Federal de Alagoas, abordando as práticas e comportamentos humanos espetaculares organizados, os PCHEOS. E ainda, o alcance pela pesquisa dos principais entremeios botados”, encenados, ou desfigurados, montados pelos etnoartistas, os “botadores de figurás”, na brincadeira do Guerreiro de Alagoas, sumidos no tempo e na atualidade; e os entremeios elaborados pela Cia Cínica Dança, pelo artista-pesquisador-professor. O entrelaçamento do estudo parte da Etnometodologia (COULON, 1995), a ciência dos etnométodos (GARFINKEL, 2018), que prioriza o procedimento descritivo. A linha teórica norteadora, em seu caráter transdisciplinar, é a abordagem Multirreferencial (ARDOINO, 1998), e a etnocenologia (BIÃO, 2007), guiada pelo pensamento qualitativo multirreferencial (Borba, 1997). É uma pesquisa qualitativa-participante que “enfatiza o caráter subjetivo do objeto, o Guerreiro Alagoano e seus entremeios, em suas particularidades e experiências individuais (PÁDUA, 2012).