Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Cardoso, Isa Patrícia |
Orientador(a): |
Bastos, Ana Cecília de Sousa Bittencourt |
Banca de defesa: |
Pontes, Vívian Volkmer,
Alcântara, Miriã Alves Ramos de |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Psicologia - IPSI
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Psicologia – PPGPSI
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/18942
|
Resumo: |
A violência obstétrica tem sido um problema nas práticas de atenção à mulher, visto que ela se apresenta de diversas formas, muitas vezes de maneira sutil, na gestação, no parto e no pós-parto. No Brasil, esse tema vem ganhando cada vez mais visibilidade, devido às ações dos movimentos sociais em prol da humanização no parto e no nascimento. Através de redes sociais, blogs, encontros, rodas de conversas sobre a humanização, documentários, filmes, entre outros, esses movimentos têm buscado instruir as mulheres, para que elas possam identificar esse tipo de violência, ao passo que possam também lutar pelos seus direitos. O presente estudo foi conduzido a partir da Psicologia Cultural, de orientação semiótica, bem como pela Teoria do Self Dialógico. Teve como objetivo analisar o processo de construção de significados por mulheres acerca da violência obstétrica na assistência ao parto na rede privada, que entraram em contato com o discurso da humanização. Para isso, foram realizados estudos de caso, a partir de entrevistas narrativas de três mulheres que foram selecionadas através do banco de dados de uma Organização Não Governamental, que visa ao fortalecimento da autonomia da mulher e da mudança na forma de assistência ao parto no Brasil. Entre os principais resultados, são identificados aspectos da dinâmica relacional do self na organização da experiência individual, envolvendo: (a) as formas como essas mulheres estabeleceram trocas dialógicas, no âmbito de seus selves, com outros significativos (obstetra, equipe da assistência ao parto e outros sociais); (b) como construíram signos promotores - imagem do parto idealizado - que orientaram suas trajetórias; e (c) as rupturas, ambivalências e os momentos inovativos no processo de construção do signo da violência obstétrica. O contato com o discurso da humanização mostrou como o contexto é relevante para as novas reconfigurações dos seus selves e posicionamentos na esfera intra e interpessoal. |