Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Jardim, Adriana |
Orientador(a): |
Barros Junior, Francisco Carlos Rocha de |
Banca de defesa: |
Secchi, Eduardo Resende,
Sampaio, Cláudio,
Barros Junior, Francisco Carlos Rocha de |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia, Instituto de Biologia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós graduação em Ecologia e Biomonitoramento
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/19554
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Resumo: |
Durante algum tempo a literatura sobre tartarugas marinhas foi essencialmente pautada em estudos em áreas de reprodução devido a uma maior acessibilidade às fêmeas em suas praias de desova. Como as tartarugas marinhas são animais longevos e altamente migratórios, passando a maior parte de seu ciclo de vida na água, estudos sobre a biologia e ecologia destes animais em ambiente marinho passaram a ter maior importância, e foram conduzidos de acordo com os avanços tecnológicos que possibilitaram uma maior aproximação do homem a estes ambientes. Os estudos de telemetria por satélite, telemetria por rádio, marcação, recaptura e genética trouxeram informações importantes sobre os padrões de atividade e uso do hábitat das tartarugas marinhas no ambiente marinho. Mesmo assim, estudos sobre dieta, seletividade do alimento e observações in situ dos comportamentos em áreas de alimentação ainda são escassos e devem trazer informações importantes sobre a fase aquática do ciclo de vida das tartarugas. A tartaruga verde, Chelonia mydas é encontrada em todos os oceanos do mundo sendo considerada em perigo de extinção pela IUCN e vulnerável pela Lista Vermelha da fauna brasileira ameaçada de extinção. É a espécie mais comum em áreas de alimentação na costa brasileira e considerada o maior réptil marinho essencialmente herbívoro. No Brasil existem alguns programas de monitoramento de longo prazo através de marcação e recaptura, mas ainda poucos estudos que relacionassem a presença de recursos alimentares com a presença destes animais em diferentes locais, bem como elucidassem aspectos relacionados ao ciclo diário de atividade das tartarugas verdes. Além disso, com um litoral tão extenso é de se esperar que as agregações de tartarugas verdes, que advém de sítios de desova muitas vezes distantes do Brasil, se distribuam de maneira diferente ao longo da costa. Tartarugas juvenis, subadultas e adultas podem freqüentar as mesmas áreas, mas pode haver predominância de algumas fases do ciclo de vida em determinados locais. O presente estudo foi desenvolvido no litoral norte da Bahia, que é considerada área de alimentação para C. mydas baseando-se na quantidade de encalhes de tartarugas juvenis. Foi observado que esta agregação de C.mydas é constituída não apenas por juvenis, mas também por animais subadultos e adultos, diferente de outras áreas do Brasil onde são constituídas basicamente por animais juvenis. Esta informação nos faz levantar a hipótese da existência de diferentes hábitats de desenvolvimento no Brasil. Além disso, sobre o ciclo diário de atividade das tartarugas, observamos que as bancadas recifais são utilizadas para alimentação principalmente no período da tarde. Por fim, pudemos observar a influência direta de recursos alimentares no número médio de avistagens de tartarugas em recifes costeiros e submersos, trazendo ainda a lista das espécies de algas, as quais estariam disponíveis ao forrageio de C. mydas. Sendo assim, salientamos a importância da conservação dos ambientes recifais no Litoral norte da Bahia, devido a sua peculiaridade em abrigar juvenis, subadultos e adultos de C. mydas, possuir alta diversidade de fauna e abundância de algas, as quais servem de alimento para as tartarugas verdes. |