Presença do coração:(além-do)homem cordial na canção popular brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Santos, Marlus
Orientador(a): Severino, José Roberto
Banca de defesa: Mattos, Edilene Dias, Aguiar, Ana Ligia Leite e, Severino, José Roberto
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: INSTITUTO DE HUMANIDADES, ARTES E CIÊNCIAS PROFESSOR MILTON SANTOS
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA MULTIDISCIPLINAR DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CULTURA E SOCIEDADE
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32437
Resumo: Essa dissertação pensa a atualidade do conceito de cordialidade proposto por Sérgio Buarque de Holanda. A pesquisa procura investigar se o conceito de cordialidade, o que chamamos de presença do coração, a partir da visão de Sérgio Buarque é perene inclusive em fenômenos sociais contemporâneos especificamente na música popular brasileira. Para tanto começamos por pontuar a movência do conceito entre as edições do livro, notadamente entre a primeira e segunda edições. Afinal o próprio Sérgio Buarque de Holanda mencionou que o homem cordial era um defunto. Sérgio Buarque de Holanda também acreditava que a urbanização faria com que a cordialidade diminuísse ou mesmo acabasse. Há autores que sustentam que a cordialidade ainda está presente na sociedade brasileira, bem como há estudos ainda atualmente acerca do homem cordial ou da cordialidade, tais como os trabalhos de Luiz Feldman, João Cezar de Castro Rocha, Pedro Meira Monteiro etc. Assim como há trabalhos que, apesar de não serem diretamente ligados ao tema da cordialidade, fazem referência à concepção do pensamento de Sérgio Buarque de Holanda, tais como trabalhos de Jessé Souza e Luís de Gusmão. Depois de marcarmos determinadas características de Raízes do Brasil, e tecer considerações sobre a atualidade do conceito de cordialidade, sustentaremos a partir das canções da música popular brasileira, notadamente a partir da obra de Chico Buarque de Hollanda, filho de Sérgio Buarque de Holanda. Ainda mencionaremos a importância de Pixinguinha, Dorival Caymmi, Antonio Carlos Jobim, João Gilberto e Caetano Veloso nesse contexto musical da perenidade da cordialidade. Também consideramos a existência do além-do-homem-cordial que a partir das potencialidades do Brasil poderá se constituir como uma realidade diante da civilização universal, para esse conceito de além-do-homem-cordial tomamos emprestado o super-homem nietzscheano e o homem cordial buarqueano, passando pelas considerações de Eduardo Giannetti acerca da utopia de civilização nos trópicos e o elogio do nosso viralatismo. O além-do-homem-cordial aponta para a possibilidade de caminhos mais elevados da presença do coração.