Óleo de palmiste em dietas para tourinhos em confinamento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Santos, Neiri Jean Alves dos lattes
Orientador(a): Oliveira, Ronaldo Lopes, Barbosa, Analívia Martins
Banca de defesa: Oliveira, Ronaldo Lopes, Garcez Neto, Américo Fróes, Parente, Michelle de Oliveira Maia, Leão, André Gustavo, Andrade, Ederson Américo de
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Zootecnia (PPGZOO)
Departamento: Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38289
Resumo: Com o intuito de estudar o efeito do óleo de palmiste sobre o metabolismo e produção animal, dois experimentos foram realizados, para determinar o melhor nível (0,0; 11,5; 23,0 e 34,6 g/kg MS) de inclusão de óleo de palmiste na dieta de tourinhos em sistema de confinamento. O primeiro experimento foi realizado em delineamento inteiramente casualizado, com trinta e dois tourinhos Nelores, com idade média de 24 meses e peso corporal médio de 413 ± 29,0 kg, para avaliar a ingestão de nutrientes, desempenho, comportamento ingestivo e características de carcaça. O segundo experimento foi desenvolvido em delineamento experimental de quadrado latino 4 x 4 duplo, com oito novilhos mestiços providos de cânula ruminal com peso corporal médio de 435 ± 70 kg, em que os coeficientes de digestibilidade, balanço de nitrogênio, síntese de proteína microbiana, ácidos graxos de cadeia curta e a contagem da população de protozoários no rúmen foram estimados. A inclusão de óleo de palmiste resultou em efeito linear negativo no consumo em kg/dia de MS (P < 0,001), PB (P < 0,001), FDNcp (P < 0,001), CNF (P < 0,001) e NDT (P < 0,001). No entanto, o consumo de EE (P < 0,001) apresentou efeito quadrático positivo com máximo consumo no nível estimado de 15,36 g/kg da MS. Não houve efeito do óleo de palmiste no tempo gasto (min / dia) de alimentação (P = 0,921), porém observou-se um efeito quadrático positivo (P < 0,001) para o tempo despendido com a ruminação e uma redução quadrática (P < 0,001) no tempo em ócio. A digestibilidade da MS (P < 0,001), FDNcp (P < 0,001) e NDT (P = 0,004) reduziram linearmente. Por outro lado, a digestibilidade do EE (P = 0,053) teve uma tendência de aumento com o nível de óleo de palmiste na dieta. O coeficiente de digestibilidade da PB (P = 0,475) e do CNF (P = 0,114) não alterou significativamente. O consumo de nitrogênio (P < 0,001), nitrogênio retido (P < 0,001) e a produção de proteína microbiana (g/dia) (P < 0,001) reduziram linearmente com o aumento no nível de inclusão de óleo de palmiste. Entretanto, para a eficiência de produção de proteína microbiana em g/kg NDT ingerido não houve influência (P = 0,807). Foi observado uma redução linear para o peso final (P < 0,001), ganho médio diário (P < 0,001), peso de carcaça quente (P < 0,001), peso de carcaça fria (P < 0,001), rendimento de carcaça quente (P < 0,001), rendimento de carcaça fria (P < 0,001), área7 de olho de lombo (P = 0,015) e espessura da gordura subcutânea (P = 0,002). A inclusão de óleo de palmiste em até 34,6 g/kg de MS em dietas de tourinhos confinados não é recomendada, pois reduz o consumo de MS e dos nutrientes, além de afetar negativamente a digestibilidade e desempenho.