Exigências nutricionais, frequência de alimentação e níveis de cálcio e fósforo para bovinos Holandês x Zebu em confinamento
Ano de defesa: | 2014 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Genética e Melhoramento de Animais Domésticos; Nutrição e Alimentação Animal; Pastagens e Forragicul Mestrado em Zootecnia UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/5820 |
Resumo: | O presente trabalho foi desenvolvido com os objetivos de avaliar o consumo, a digestibilidade e o desempenho de bovinos mestiços em confinamento alimentados em diferentes frequências de alimentação com dietas contendo diferentes níveis de cálcio e fósforo; determinar suas exigências nutricionais de energia, proteína e macrominerais; e avaliar o efeito da redução do número de amostras destinadas às análises laboratoriais de sobras pelo agrupamento dessas amostras no período total do confinamento, sobre as estimativas de consumo. Foram utilizados 32 animais mestiços 1⁄2 Zebu x Holandês, machos, castrados, com peso corporal médio inicial de 377,46±49,4 kg. Inicialmente, quatro animais foram abatidos e tomados como referência para estimar o peso de corpo vazio (PCVZ) inicial dos animais remanescentes no experimento. 24 animais foram distribuídos em delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 2x3x2, com dois níveis de concentrado (30 e 60%), três frequências de alimentação (alimentação completa fornecida pela manhã, às 8:00 horas; volumoso fornecido em sua totalidade pela manhã e concentrado dividido em duas vezes, às 8:00 e às 16:00 horas; e alimentação volumosa e concentrada dividida em duas porções iguais ao dia) e dietas contendo ou não fontes inorgânicas de cálcio e fósforo. Os outros quatro animais foram alimentados diariamente ao nível de mantença, (1,1% do peso corporal em matéria seca). O volumoso foi a cana de açúcar triturada. Ao final de 84 dias, todos os animais foram abatidos, e a partir das amostras de carcaça e dos constituintes não carcaça foi determinada a composição corporal. No capítulo 1: Os consumos de matéria seca (MS) e dos nutrientes não foram afetados (P>0,05) pelas frequências de alimentação, mas foram superiores (P<0,05) para as dietas com 60% de concentrado. A suplementação com fosfato bicálcico afetou apenas o consumo de fósforo, superior para as dietas suplementadas. Não houve efeito da frequência de alimentação, nem da suplementação com fosfato bicálcico ou das suas interações (P>0,05) sobre as digestibilidades dos constituintes das dietas. Maiores níveis de concentrado proporcionaram maiores ganhos médios diários e rendimentos de carcaça quente e fria. No capitulo 2: As exigências de energia líquida (ELm) e metabolizável para mantença (EMm) foram obtidas relacionando a produção de calor (PC) e o consumo de energia metabolizável (CEM), enquanto as exigências de energia para ganho de peso (ELg) e as exigências líquidas de proteína para ganho foram obtidas em função do PCVZ e do ganho de peso de corpo vazio (GPCVZ). As exigências diárias de energia líquida e metabolizável para mantença foram de 86,48 e 126,15 kcal/PCVZ 0,75, respectivamente. As exigências de energia líquida para ganho podem ser obtidas pela equação: ELg = 0,0568±0,0025 × PCVZ0,75 × GPCVZ1,095. As eficiências de uso da energia metabolizável para mantença e para ganho são de 64 e 29,68%, respectivamente. As exigências de proteína metabolizável para mantença é de 4,14 g/PC0,75. As exigências liquidas de proteína para ganho de peso podem ser obtidas através da equação PLg = 236,36±30,06 × GPCVZ 19,84±6,14 × ER.. No terceiro capítulo: A relação entre o consumo de cada mineral e sua retenção foi expressa a partir de uma equação linear, sendo o intercepto considerado a exigência de mantença do mineral. Nas amostras de carcaça e não carcaça foram determinados a proporção de cada mineral, determinando- se assim o conteúdo corporal para cada um dos minerais, expressos em função do PCVZ. Não foram encontradas variações nas excreções fecal e urinária diárias de fósforo em função da suplementação com fosfato bicálcico. A ausência suplementação de fosfato bicálcico em dietas para bovinos em fase de terminação implica em menor retenção de cálcio e fósforo na carcaça. Os coeficientes de absorção foram de 83,34, 77,21, 82,57, 40,27 e 92,25% para cálcio, fósforo, magnésio sódio e potássio, respectivamente. As exigências líquidas diárias de mantença são de 28,18, 10,31, 50,11, 25,86, e 91,67 mg/PCVZ para cálcio, fósforo, magnésio, sódio e potássio, respectivamente. As exigências líquidas de cálcio, fósforo, magnésio, sódio e potássio para ganho de peso podem ser calculadas respectivamente pelas equações: Ca = GPCVZ × (51,77 × PCVZ-0,3023) ; P = GPCVZ × (30,87 × PCVZ-3459); Mg = GPCVZ × (0,865 × PCVZ-0,2133) ; Na = GPCVZ × (6,517 × PCVZ-0,3483); K = GPCVZ × (4,06 × PCVZ-0,1875). Conclui-se que o consumo, a digestibilidade dos nutrientes e o desempenho não foram afetados pelas frequências de alimentação adotadas nem pelos níveis de cálcio e fósforo, contudo foram melhorados com o aumento do nível de concentrado. Quanto à amostragem de sobras, recomenda-se fazer uma única amostra composta para 84 dias de confinamento. Os valores e equações obtidos para as exigências de animais mestiços Holandês × Gir diferem das obtidas pelo Br-Corte (2010), ressaltando- se que o número de animais com características semelhantes aos utilizados constituem pequena parte do banco de dados desse sistema. |