Proteína híbrida hipoalergênica BTH2 e seu uso potencial no tratamento da alergia ao ácaro Blomia tropicalis
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , , , , , |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Ciências da Saúde
Departamento de Biointeração |
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia da Renorbio -(Rede Nordeste de Biotecnologia)
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/29500 |
Resumo: | Introdução: Blomia tropicalis é considerada a espécie de ácaro mais proeminente em regiões tropicais e subtropicais do mundo. Um aumento nas taxas de sensibilização a esse ácaro tem sido observado, principalmente com altos níveis de IgE contra dois alérgenos maiores: Blo t 5 e Blo t 21. Atualmente, os protocolos de imunoterapia com alérgenos (AIT) nessas regiões têm sido realizados usando extratos brutos, que apresentam desvantagens quando comparados com as novas abordagens: os derivados hipoalergênicos. Objetivo: Mapear o panorama tecnológico da produção de preparações alergênicas para AIT e definir qual a tecnologia mais vantajosa para desenvolver uma molécula híbrida hipoalergênica Blo t 5/Blo t 21, que possa potencialmente ser usada para combater reações alérgicas causadas por B. tropicalis. Métodos: Uma análise proteômica do extrato de B. tropicalis foi realizada para encontrar isoformas ou variantes do Blo t 5. Duas variantes denominadas rBlo t 5short e rBlo t 5long e uma versão curta de Blo t 21 foram expressas em suas formas recombinantes. O desenho in silico das proteínas híbridas de B. tropicalis foi realizado utilizando o software MAESTRO® e quatro proteínas híbridas foram escolhidas para expressão heteróloga. Todas as proteínas avaliadas neste trabalho foram purificadas por cromatografia de troca iônica e exclusão por tamanho, bem como caracterizadas através de múltiplos experimentos físico-químicos e imunológicos. Resultados: A análise proteômica revelou um padrão de degradação específico no motivo N-terminal de Blo t 5. A ausência deste motivo não influenciou o potencial alergênico da molécula, mas a variante curta apresentou mudanças na estabilidade de enovelamento e resistência a proteólise endolisossomal. Entre os híbridos hipoalergênicos, BTH2 apresentou a menor reatividade de IgE e capacidade de induzir degranulação de basófilos, bem como atenuou a inflamação das vias áreas em camundongos, sem a necessidade de mudanças drásticas nos parâmetros estruturais da molécula. Conclusões: Os tipos de tecnologia mais inovadoras para a produção de hipoalérgenos são as abordagens in silico. Blo t 5short é o melhor modelo para o desenho de um hipoalérgeno. BTH2 foi o candidato vacinal mais promissor e tem o potencial de ser usado para tratar pacientes co-sensibilizados com dois alérgenos maiores. No entanto, estudos futuros sobre sua imunogenicidade, usando células mononucleares do sangue periférico de pacientes atópicos e modelos in vivo de murinos, são necessários para considerar este alérgeno híbrido como um novo candidato vacinal em imunoterapia com alérgeno. |