Pedras nos olhos: fotografia, memória e sonho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Aragão, Mariana David de lattes
Orientador(a): Gatti, Fábio lattes
Banca de defesa: Gatti, Fábio lattes, Costa, Rachel Cecília de Oliveira lattes, Linke, Ines Karin Linke Ferreira lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais (PPGAV )
Departamento: Escola de Belas Artes
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/41083
Resumo: Desde a infância desconfio das imagens. Portanto, não vislumbro outro modo de enfrentar este sentimento de desconfiança senão fazendo um caminho duplo: primeiro para dentro, mergulhando nas fotografias do arquivo de minha família e, depois, para fora, me apropriando de imagens diversas (públicas, privadas, de outras pessoas, etc). Essa tem sido a maneira com a qual consigo produzir novas convivências visuais entre mim e a fotografia. Tudo nesta pesquisa é parte desse processo de cruzamento de caminhos e, por isso, o texto também deve ser acolhido como um fazer sensível. As imagens e as palavras se sustentam tanto nos cumes quanto durante a trilha feita ao longo desses anos de investigação prático-teórica. No que diz respeito à abordagem teórica, estabeleço diálogos com a memória, o esquecimento e as lembranças ainda existentes das histórias familiares e dos acontecimentos que me atravessam a vida. Com isso, a ideia de descontinuidade, característica basilar do sonho e da memória, serve para pensar as estruturas das narrativas fotográficas quando entrelaçadas à ficção. Tomo o fotolivro como objeto e conceito para incitar o movimento das imagens, o confronto à linearidade narrativa e o rompimento com a paginação para desconfigurá-lo. Deste modo, construo uma narrativa constelacional fundada na convivência entre as palavras e as imagens que desafia a cronologia. Esta dissertação é uma reflexão poética sobre a movência dos meus arquivos fotográficos e a infinidade de trajetos que os diálogos visuais podem traçar.