A última rota atlântica: o comércio interno de escravizados rumando os sertões da Bahia setecentista, c.1759 - c.1798

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Cezar, Iasmim de Oliveira lattes
Orientador(a): Pires, Maria de Fátima Novaes lattes
Banca de defesa: Pires, Maria de Fátima Novaes lattes, Slenes, Robert Wayne Andrew lattes, Santos, Paulo Henrique Duque lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História (PPGH) 
Departamento: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH)
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/35000
Resumo: Esta dissertação analisa o funcionamento do sistema de redistribuição de escravizados africanos e crioulos para os sertões da capitania da Bahia, durante a segunda metade do século XVIII. Por meio da análise de um conjunto de guias de passaportes que abarcam as remessas de cativos comercializados da Cidade da Bahia (Salvador) para o mercado interno da América lusa, este estudo busca entender como era realizado o abastecimento dos mercados negreiros presentes no interior da Bahia através do processo de redistribuição operacionalizado por múltiplos agentes comerciais. Percorrendo os principais roteiros sertanejos (agentes ocasionais e regulares) ou encaminhando levas de cativos (comerciantes da praça mercantil baiana), tais agentes eram incumbidos pela execução de pequenos empreendimentos responsáveis pela transferência de expressivas somas de escravizados para os sertões da Bahia setecentista. Com isso, a partir da análise dos registros de passaportes datados de 1752-1772 e 1778-1798, das séries documentais existentes para o período, juntamente com o acesso à base de dados transatlantic slave trade, é objetivo deste estudo compreender a redistribuição como uma extensão do comércio transatlântico de escravizados, atentando-se especialmente, para a atuação dos agentes mercantis, encarregados por conectar os sertões da Bahia ao sistema mercantil escravista atlântico através do comércio interno, aqui entendido como a última rota atlântica.