Club Rio Contense: sociabilidade, instrução e assistência no sertão republicano (Rio de Contas, 1902-1966)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Marinho, Simone Ramos
Orientador(a): Aras, Lina Maria Brandão de
Banca de defesa: Aras, Lina Maria Brandão de, Negro, Antonio Luigi, Müller, Dalila, Vanin, Iole Macedo, Pires, Maria de Fátima Novaes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/31948
Resumo: Esta tese estuda as relações de sociabilidade da elite rio-contense, no âmbito do Club Rio Contense, “sociedade litteraria, recreativa e beneficente”, associação fundada na cidade de Rio de Contas, em 14 de janeiro de 1902, pelo médico José Basílio Justiniano da Rocha. Pautando-se pela noção de sociabilidade, tal qual definida pelo historiador francês Maurice Agulhon, pretendeu-se analisar as relações interpessoais entre os membros desta associação, entendida como espaço formal de convivência entre os pares, de associação voluntária, edificada pelo lema da “instrução e caridade”. A participação nesta instituição permitiu o compartilhamento de vínculos, o que levou à elaboração de uma identidade de grupo a partir de um processo de identificação e diferenciação. O método da prosopografia possibilitou melhor conhecer esse grupo a partir da construção de um perfil prosopográfico. Associar-se ao Club Rio Contense revelou-se como signo de distinção, tendo sido ele local de representação social e política, a partir, principalmente, de sua atuação . A pesquisa se estendeu até 1966, último ano em que o Club Rio Contense administrou o Ginásio e a Escola Normal, quando a associação encerrou seu compromisso com o lema “instrução e caridade”. Em seguida, o Club Rio Contense doou o conjunto escolar à Sociedade Joseleitos de Cristo, pertencente à Igreja Católica. O viés da sociabilidade permitiu, ainda, apreender as relações de convivência desse grupo para além do espaço da associação e, também, identificar aspectos outros da sociedade rio-contense, como seus comportamentos culturais e seus modos de organização social.