"Quem você pensa que ela é?": representações sociais de estudantes do Bacharelado Interdisciplinar em Saúde da Universidade Federal da Bahia acerca da travesti

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Porcino, Carlos Alberto
Orientador(a): Coelho, Maria Thereza Ávila Dantas
Banca de defesa: Ribeiro, Jorge Luiz Lôrdelo de Sales, Paiva, Mirian Santos, Daltro, Mônica Ramos
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Estudos Interdisciplinares sobre a Universidade
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/20088
Resumo: Esta é uma pesquisa qualitativa, fundamentada na Teoria das Representações Sociais, privilegiando a teoria do núcleo central, que objetivou analisar as representações sociais de estudantes do Bacharelado Interdisciplinar em Saúde da Universidade Federal da Bahia (UFBA) sobre a pessoa travesti. Participaram dela 243 estudantes, sendo 167 mulheres e 76 homens, com idade entre 18 e 63 anos, devidamente matriculada(o)s no semestre 2014.2, que responderam ao teste de associação livre de palavras com a expressão indutora “pessoa travesti”. Os dados das evocações foram processados pelos softwares EVOC, que comportou a organização do quadro de casas e, para o teste de centralidade, foi utilizado o IRAMUTEQ, que configurou a árvore máxima de similitude. As justificativas atribuídas aos termos evocados considerados mais importantes foram também processadas pelo IRAMUTEQ, baseando-se na classificação hierárquica descendente, e resultou na conformação de quatro classes, com aproveitamento de 75,82%. Os elementos que estruturam o núcleo central não revelam diferenciação entre orientação sexual e identidade de gênero, por parte dos graduandos. O preconceito foi caracterizado como o principal elemento enfrentado diariamente por travestis. Para o grupo investigado não se nasce, ‘torna-se’ travesti e esta condição ainda se mostra como sinônima da orientação sexual. Pretende-se, a partir deste trabalho, contribuir para que travestis, ao acessarem os serviços de saúde, tenham suas singularidades respeitadas e um atendimento equânime e humanizado.