Pedra que ronca, pedra de ponta: redes colaborativas de educação e culturas populares no bairro de Itapuã

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Maia, Débora Matos
Orientador(a): Abib, Pedro Rodolpho Jungers
Banca de defesa: Gomes, Celma Borges, Côrtes, Clélia Neri, Costa, Martha Benevides da, Castro Júnior, Luís Vitor
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Educação
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/25804
Resumo: Este trabalho é fruto de uma pesquisa-ação implicada, construída de maneira colaborativa, a partir da necessidade de fomentar e difundir as manifestações culturais de Itapuã junto aos moradores que passaram a habitar o bairro. Para tanto, os protagonistas das culturas populares articularam-se, com o apoio dos trabalhadores da educação, para apresentar às crianças e aos jovens das instituições públicas de educação formal, a história e a diversidade cultural do lugar. Pensando no amanhã, a comunidade de Itapuã organizou-se em redes colaborativas, para valorizar e fomentar a sua cultura, já os sujeitos das escolas acreditaram e apoiaram as propostas desenvolvidas pelo Projeto Griô e, posteriormente, no IV Desfile da Primavera. Discutimos durante as práticas pedagógicas sobre temas transversais, transdisciplinares e descolonizadores, a partir de uma outra lógica, das culturas populares, sendo abordados conhecimentos referentes ao meio ambiente; questões de gênero e raça; preconceito; história do Brasil, da cidade de Salvador e de Itapuã; conhecimentos sobre pesca, dança, capoeira, arte circense, percussão, ritmos, canções, lendas, mitos, festas, manifestações, grupos culturais, dentre outros, mostrando que existem outras possibilidades, a partir da realidade vivida, para a educação formal no Brasil. O fio condutor foi a implicação das redes colaborativas, dando forças para que os obstáculos fossem ultrapassados, bem como fossem superadas as disputas de poder, tensões e conflitos. Mergulhar no mar de Itapuã nos faz perceber que a Pedra de Ponta representa o fortalecimento cultural do território, que é baseado no protagonismo e na resistência dos moradores que possuem um sentimento de pertencimento singular. Estes buscam transmitir essa essência à nova geração, através dos saberes, fazeres, manifestações, grupos, histórias de vida e da memória social sobre o lugar da “pedra que ronca”, mas não adormece perante as transformações sofridas no decorrer dos anos.