Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Rocha, Edicarla Macêdo da
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Orientador(a): |
Uriarte, Urpi Montoya
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Banca de defesa: |
Malheiro, Luana Silva Bastos
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Messeder, Marcos Luciano Lopes
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Uriarte, Urpi Montoya
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Antropologia (PPGA)
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Departamento: |
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH)
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40816
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Resumo: |
Sobreviver nas ruas e das ruas requer sagacidade, além de uma reunião e ajustamento de coisas. Afinal, sozinho, isolado do coletivo, tudo fica ainda mais difícil. Nessa perspectiva, a investigação que dá forma a esta dissertação planejou mapear os atores e instituições que compõem, no espaço do Pela Porco, redes de sociabilidade que permitem às pessoas usuárias de drogas, e em situação de rua, a manutenção de suas vidas. Os objetivos foram conhecer a história do Pela Porco, de forma mais circunscrita ao entorno imediato da cena de uso; identificar os serviços, instituições e outras organizações que atuam naquele espaço, bem como descrever as redes de sociabilidade ali estabelecidas. Do ponto de vista teórico, as reflexões aqui propostas foram ancoradas em uma gama de autores, dos quais se destaca o conceito de espaço, filiado a Henri Lefebvre, para pensar a apropriação da rua e o destino dado pelo usuário a algo outrora diferentemente idealizado. Igualmente, para apoiar o argumento da formação das redes de sociabilidade, foram fundamentais as contribuições de Bruno Latour e sua Teoria Ator-Rede, para evidenciar as conexões entre distintos atores. Em diálogo crítico com Latour, foram acionados também o vocabulário conceitual de Tim Ingold, explicitando as tramas, os emaranhados e os fios que, tecidos, trazem as coisas de volta à vida, colocando-as em relação pari passu com os seres humanos. Os caminhos trilhados para execução dos objetivos foram múltiplos, pensando na complexidade do grupo social investigado e nas especificidades dos interlocutores. Na primeira fase, as observações de campo foram cruciais para entender que outras metodologias poderiam ser oportunas. Dessa forma, para cada objetivo específico adequamos a metodologia e, assim, foram aplicados questionários, entrevistas gravadas, conversas informais e outras guiadas por um roteiro previamente construído, além das anotações de campo que foram fundamentais na construção do texto. Por fim, conclui-se que chegamos ao antropoceno, nas ruínas causadas pela ação humana. Nesse cenário, as consequências ocorrem de forma mais efetiva para os grupos sociais historicamente vulnerabilizados. |