Petrogênese do Complexo Alcalino Floresta Azul, Sul do Estado da Bahia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Santos, Jailson Júnior Alves
Orientador(a): Conceição, Herbet
Banca de defesa: Guimarães, Ignez Pinto, Lamarão, Claudio Nery, Sá, Carlos Dinges Marques de, Rios, Débora Correia
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Instituto de Geociências
Programa de Pós-Graduação: em Geologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/33261
Resumo: O Complexo Alcalino Floresta Azul representa um dos batólitos da Província Alcalina do Sul do Estado da Bahia. Esse complexo tem área de 200 km2, localiza-se na porção norte dessa província alcalina e é intrusivo nos terrenos granulíticos do Orógeno Itabuna-Salvador-Curaçá. Ele é constituído por duas intrusões contemporâneas, mas distintas, e que fazem contato por falha: a sienítica, localizada na porção oeste do batólito, e a intrusão monzonítica, a leste. Nas bordas do complexo podem ser observadas áreas fenitizadas, com até dois metros de espessura. A intrusão sienítica é essencialmente formada por nefelina sienitos miasquíticos que foram submetidos a autometassomatismo no final da evolução magmática por fluidos diversos (Cl, CO3, S). A partir do estudo de minerais acessórios frequentes nessas rochas pode-se observar que: (I) A monazita presente nas rochas do complexo forma-se por processos distintos e associados a apatita, sendo nos sienitos por recristalização, nos monzonitos por lixiviação e nos fenitos por exsolução. (II) As texturas em cristais de calcita foram a chave para identificar os estágios: autometassomatico (calcita exsolve carbocernita) e hidrotermal (calcita recristaliza em ancilita e forma siderita, ankerita e estroncionita). Os estudos texturais e mineraloquímicos dos nefelina sienitos identificaram uma sequência complexa de cristalização nestas rochas que envolve etapa magmática (baddeleyíta, zircão, pirocloro, allanita, magnetita, ilmenita, apatita, aegirina-augita, hornblenda, siderofilita, albita, k-feldspato pertítico, nefelina e sodalita), autometassomática (zircão-2, pirocloro-2, apatita-2, sodalita-2, cancrinita, calcita, pirita, esfalerita e carbocernita) e hidrotermal (magnetita-2, ilmenita-2, titanita, monazita, ancilita, hidroxifluoretos, siderita, ankerita, estroncionita). A intrusão monzonítica apresenta volume importante de enclaves máficos microgranulares monzoníticos e dioríticos. As relações de campo (diques sin-plutônicos, formas e contatos dos enclaves), texturais (apatita acicular, minerais zonados) e geoquímicas (evoluções lineares) indicam existência de mistura entre magmas máfico e félsico, cogenéticos, na formação daintrusão monzonítica. As rochas (monzonitos e enclaves) têm alcalinidade média, são metaluminosas e os elementos traços indicam que estes magmas são anorogênicos com assinatura do tipo OIB correlacionados a ambiência de rifte continental.