Estudo petrográfico e litoquímico do corpo máfico-ultramáfico da Fazenda Campo do Meio, Marcionílio Souza - Bahia - Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Rangel, Andréia Gonçalves de Araújo Nunes
Orientador(a): Leal, Angela Beatriz de Menezes
Banca de defesa: Souza, Maria Zélia Aguiar de, Brito, Reinaldo Santana
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Geociências
Programa de Pós-Graduação: Geologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32469
Resumo: O corpo máfico-ultramáfico da Fazenda Campo do Meio, no município de Marcionílio Souza, é caracterizado como um lopólito assimétrico com dimensões de 1300 x 500 m e orientação WSW-ENE. Geotectonicamente, está localizado no Cráton São Francisco, intrudindo a encaixante granulítica do Bloco Jequié. Esse estudo descreve petrograficamente o corpo e analisa o seu comportamento magmático, a partir de análises de rocha total e química mineral. O corpo é constituído por peridotitos, piroxenitos e hornblendito, além de rocha máfica anfibolitizada. Os litotipos ultramáficos apresentam graus variados de serpentinização, entretanto, as texturas primárias estão preservadas, possibilitando o reconhecimento dos minerais ígneos. A paragênese da porção ultramáfica é representada por forsterita/crisólita, espinélio, enstatita, augita e magnésio-hornblenda. Na porção máfica, a deformação foi mais expressiva com paragênese de magnésio-hornblenda, labradorita e diopsídio. Os diagramas de variação de elementos maiores, traço e terras raras demonstram que, apesar dos eventos pós-magmáticos que afetaram o corpo, não houve interferência significativa no quimismo original, o qual apresenta olivina e ortopiroxênio como as principais fases controladoras do fracionamento magmático. Por fim,, a partir dos dados litoquímicos, o corpo é caracterizado como uma intrusão de natureza toleítica continental e apresenta afinidade com magmas komatiíticos. A geotermobarometria sugere que a temperatura de cristalização da porção ultramáfica, calculada em augita, foi de 1175,6 a 1249,5ºC, e a temperatura de reequilíbrio metamórfico do anfibolito em par anfibólio-plagioclásio foi de 869ºC com pressão em torno de 4 a 4,5 kbar, compatível com os dados bibliográficos de pressão para as rochas encaixantes granulíticas.