Funcionalidade e formação da macrorregião de Salvador–Feira de Santana.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silva, Cleonice Moreira da lattes
Orientador(a): Fonseca, Antonio Angelo Martins da lattes
Banca de defesa: Fonseca, Antonio Angelo Martins da lattes, Freitas, Nacelice Barbosa lattes, Fernandes, Rosali Braga lattes, Silva, Maina Pirajá lattes, Pereira, Gilberto Corso lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geografia (POSGEO) 
Departamento: Instituto de Geociências
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38348
Resumo: Os municípios baianos de Feira de Santana e Salvador são sobremaneira relevantes para a dinâmica urbano-funcional do estado em múltiplas escalas. Considerando a importância dessa articulação, nesta tese, o objetivo geral consistiu em analisar como ocorrem as relações funcionais estabelecidas entre os maiores nós regionais do estado baiano, observando como essa (re)articulação funcional interfere na (re)organização espacial de Salvador e Feira de Santana. Para tanto, buscando orientar a leitura das funcionalidades desenvolvidas por e a partir de Salvador e Feira de Santana em um contexto multiescalar, como procedimentos metodológicos, foi realizada uma pesquisa bibliográfica de obras que discutem a temática, bem como o levantamento de dados – sobre os municípios em estudo – referentes aos indicadores populacionais, educacionais, de saúde, de conexão à internet, de importação e exportação, do produto interno bruto municipal e relacionados à compra de eletrodomésticos, roupas e sapatos; assim também como aqueles relativos ao fluxo rodoviário nas rodoviárias de Salvador e Feira de Santana. Tais informações foram coletadas nos seguintes bancos de dados: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (AGERBA); Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL); Região de Influência das Cidades (REGIC); e Ministério da Economia. Além disso, com a Universidade Estadual de Feira de Santana e a Universidade Federal da Bahia foram averiguadas informações concernentes à origem dos estudantes no período de 2014 a 2019; já com o Hospital Geral Clériston Andrade, no intuito de contextualizar a formação dos nós da rede urbano-funcional baiana, foram coletados dados relacionados aos atendimentos no ano de 2019; através da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais (SEI) foi realizado, ainda, o levantamento de dados acerca das regionalizações ocorridas na Bahia; e, de modo ilustrativo, foram selecionadas imagens de satélite disponibilizadas pelo MapBiomas. No mais, visando superar as dificuldades enfrentadas – em razão das mudanças na interação social decorrentes da pandemia de covid19 – para a realização das entrevistas pré-definidas, foram utilizadas publicações dos sites de notícias Acorda Cidade e Correio, além de uma entrevista com a Coordenação de Planejamento e Articulação Metropolitana (CPAM). Como forma de propiciar análises e as reflexões mais produtivas, a compilação dessas informações foram dispostas em tabelas, quadros, figuras e gráfico. Com base nas leituras e no entrecruzamentos desse repertório, é possível constatar que Salvador e Feira de Santana possuem uma relação funcional alternada de dependência/complementaridade, principalmente quando observadas as relações comerciais estabelecidas entre esses municípios, e também em suas interações com os demais. Nesse sentido, a influência urbano-funcional de Salvador e Feira de Santana desenha a construção de uma macrorregião, constituída não mediante reconhecimento institucional, e sim devido às dinâmicas urbano-regionais decorrentes da oferta e demanda funcionais que os municípios possuem.