Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Lima, Renilda Fátima Gonçalves de |
Orientador(a): |
Leal, Luiz Rogério Bastos |
Banca de defesa: |
Santos, Cristovaldo Bispo dos,
Zucchi, Maria Rosário,
Gomes, Maria da Conceição Rabelo,
Nascimento, Sérgio Augusto de Morais |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Geociências
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Programa de Pós-Graduação: |
em Geologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32023
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Resumo: |
A Bacia Una-Utinga, localizada na região central do estado da Bahia, abriga um importante sistema aquífero cárstico, correspondente à Formação Salitre, cujas rochas carbonáticas datam do Neoproterozoico e se dividem em Unidades Gabriel/Nova América e Nova América subunidade Lapão. Este trabalho visa apresentar uma caracterização hidrogeológica pioneira, com vistas nas questões de hidroquímica, isotópica, de transmissividade e vulnerabilidade do aquífero Salitre na área. Para a hidroquímica, utilizou-se dados de 35 amostras de poços coletados, analisados no LEPETRO/UFBA, e 17 amostras provenientes do banco de dados da CERB. A análise isotópica foi realizada em 40 amostras, no laboratório de Física Nuclear/UFBA. A transmissividade foi calculada pelo método de Theis e recalculada empiricamente por análise estatística. Para uma melhor resposta da cartografia de vulnerabilidade, utilizando os métodos COP e PI, foi necessário obter previamente um índice de carstificação da superfície. As águas foram classificadas nos seguintes fácies hidroquímicos: 58% de águas bicarbonatadas, 23% cloretadas, 13% mistas e 6% sulfatadas. Em termos de salinidade, 48% das águas dos poços são doces, 33% salobras e 19% salgadas. As amostras isotópicas apresentaram três classes, quando comparados δ18O e STD mg/L. O padrão isotópico de δD e do δ18O apresenta valores de: δD entre -2,1‰ e -46,3 ‰, e -δ18O entre +2,85‰ e -8,28‰. Para transmissividade, foi gerado o mapa potenciométrico do aquífero, cujo fluxo geral das águas tende para oeste. O índice cárstico produziu um mapa previsional de feições exocársticas com 5 classes de carstificação. As áreas com alto índice de carstificação, em sua maioria, condicionadas à ocorrência da Unidade Nova América subunidade Lapão, foram denominadas ilhas cársticas e utilizadas de modo diferencial na avaliação da vulnerabilidade. A avaliação da vulnerabilidade pelo método COP apresentou 5 classes de vulnerabilidade, enquanto o PI com 4 classes. A maior abrangência, em área, em ambos os métodos corresponde à classe de baixa vulnerabilidade. A litologia e feições cársticas de superfície se mostraram como fatores de maior influência na determinação da vulnerabilidade. Diante desta gama de análises concluiu-se que (i) a faciologia, razões iônicas e potabilidade tendem a acompanhar o fluxo subterrâneo regional no aquífero; (ii) o modelo espacial da transmissividade demonstra área de maior potencial na porção oeste; (iii) a aplicação do índice cárstico revelou boa acuidade na expressão das feições superficiais; (iv) o método de vulnerabilidade COPapresentou resposta mais compatível com as características da área; (v) a análise combinada dos parâmetros hidrogeológicos e vulnerabilidade demonstrou a compatibilidade entre as ilhas cársticas (alta vulnerabilidade) e a maior potencialidade do aquífero. Assim, faz-se necessário uma maior atenção a essas áreas diante da elevada susceptibilidade à contaminação do aquífero Salitre. Essa pesquisa preencherá uma lacuna no conhecimento hidrogeológico dos domínios cársticos e sua gestão ambiental no estado da Bahia. |