Diversidade cultural em livros didáticos de alemão como língua estrangeira: uma análise contrastiva para ampliação de horizontes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Monte, Natália Carneiro lattes
Orientador(a): Siqueira, Domingos Sávio Pimentel lattes
Banca de defesa: Siqueira, Domingos Sávio Pimentel lattes, Scheyerl, Denise Chaves de Menezes lattes, Santos, Kelly Barros lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura (PPGLINC) 
Departamento: Instituto de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39653
Resumo: Este trabalho de pesquisa é resultado de uma demanda pessoal por uma formação continuada inclusiva e reflexiva, e teve como objetivo primordial fazer uma análise das diversidades socioculturais presentes em duas coleções didáticas de ensino de Alemão como Língua Estrangeira (ALE) para adolescentes, entre 10 e 16 anos, intituladas Magnet (2013) e Magnet neu (2019). Inserida no paradigma qualitativo, trata-se metodologicamente de uma pesquisa exploratória cujos dados, oriundos do corpus mencionado, foram analisados e discutidos de forma comparativa. Nesse sentido, esta pesquisa buscou avaliar como cada uma das coleções didáticas de ALE selecionadas apresenta em suas imagens a diversidade sociocultural nos mais diversos aspectos, além de comparar as diferenças e semelhanças adotadas no que diz respeito a algumas categorias específicas como, por exemplo, raça e gênero. A análise, entre outras questões, buscou verificar se e até que ponto houve uma evolução no tratamento dessas temáticas de uma edição para outra, tendo como farol o que Ferreira (2014; 2015) postula sobre o papel do livro didático de línguas que, na maioria dos contextos educacionais, é o único recurso instrucional que orienta as práticas pedagógicas, sendo, portanto, voz de poder e autoridade. Assim sendo, além da citada autora, esta pesquisa insere-se nas hostes da Linguística Aplicada, espelhando uma perspectiva intercultural (Kleiman, 2013; Walsh, 2005; 2006), além de valer-se de discussões acerca da representação apresentadas por Hall (2006; 2016), o caráter político presente no ensino de línguas (Apple, 2006; Munanga, 2005; Rajagopalan, 2006; 2012), os conceitos de cultura, interculturalidade (Mendes, 2004, 2008, 2012, 2015; Scheyerl, 2012), multiculturalidade (Mota, 2010) e alguns conceitos atrelados à Pedagogia |Crítica, (Freire, 1979). Os resultados do trabalho, entre outros aspectos, demonstraram que as edições analisadas apresentam pessoas majoritariamente brancas, pouca diversidade de culturas outras que não a cultura europeia e a figura da mulher continua ainda pesadamente estereotipada. Faz-se relevante destacar também a importância do olhar crítico e decolonial do professor de ALE para o material didático utilizado para que, juntamente com seus alunos, todos possam construir conhecimento considerando o contexto local em que estão inseridos e reconhecendo as inúmeras lacunas, raramente problematizadas, presentes na maioria dos materiais didáticos voltados para o ensino de línguas.