Dor em membros inferiores em trabalhadores da indústria

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Gomes, Cléber Araújo
Orientador(a): Fernandes, Rita de Cássia Pereira
Banca de defesa: Souza, Norma Suely Souto, Lima, Verônica Maria Cadena
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Medicina da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Saúde, Ambiente e Trabalho
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Dor
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/31722
Resumo: Introdução. A indústria de calçados pode apresentar ambiente e condições favoráveis ao desenvolvimento da dor. Objetivo. Estimar a prevalência da dor e seus fatores associados nos membros inferiores e em seus segmentos, em trabalhadores da indústria. Material e Métodos. Foi realizado um estudo de corte transversal, com trabalhadores de duas indústrias de calçados da Bahia. Para a seleção dos trabalhadores, foi realizada uma técnica de amostragem estratificada, proporcional ao número de trabalhadores em cada empresa e por sexo. Os sintomas de dor foram coletados por meio da versão ampliada do Nordic Musculosqueletal Questionnaire. Resultados. Dos 446 trabalhadores estudados, 42.6% referiram dor nos membros inferiores (MMII). Em relação aos segmentos anatômicos, 29,6% sentem dor nas pernas, 18,4% no pé e 14,6 no joelho. A dor no tornozelo e coxa foi evidenciada em 7,8% e 7,4% dos trabalhadores, respectivamente. Aproximadamente 55,0% dos trabalhadores afirmaram nunca sentar-se durante as atividades laborais e 56,0% dos trabalhadores afirmaram ficar de pé o todo tempo no trabalho. A dor nos membros inferiores como um todo foi associada ao trabalho sentado, movimentos repetitivos com as mãos, levantar e empurrar carga e atividade doméstica. Houve menos dor em joelho para quem trabalha em pé todo o tempo ou nunca e nos trabalhadores que nunca ficam agachados. Houve mais dor no joelho para quem realiza força muscular com os braços e mãos e adota rotação de tronco. A variação da postura sentada durante a jornada trabalho se associou a menor prevalência de dor na perna. Tronco inclinado para frente, levantar e empurrar carga, sexo feminino e atividade doméstica se associaram positivamente com a dor neste segmento. Andar o tempo todo no trabalho ou nunca andar se associou com mais dor no tornozelo ou pé, ao passo não realizar o trabalho agachado foi possível risco. Também se associaram com mais dor nesta região, empurrar carga e ser mulher. Conclusão. Estes resultados reforçam a necessidade de se planejar estratégias que visem afastar os trabalhadores dos possíveis fatores de risco para minimizar a ocorrência deste agravo.