Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Cordeiro, Vanessa Alves
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Orientador(a): |
Rosa, Thaís Troncon
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Banca de defesa: |
Pereira, Gabriela Leandro
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Braga, Cíntia Guedes
,
Marquez, Renata Moreira
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo (PPGAU)
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Departamento: |
Faculdade de Arquitetura
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37276
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Resumo: |
Este trabalho deseja tensionar a produção de conhecimentos dentro das universidades, disputando narrativas a partir de histórias de mulheres sertanejas que evidenciam geografias de poder em diferentes escalas. No ajuntar das memórias de minha mãe e minha vó às minhas próprias, numa produção de conhecimentos em comunidade, cuido de abrir espaço pra firmar um chão epistemológico e as alianças que quero fortalecer dentro e fora da academia. Juntas somos testemunhas de temporalidades e territorialidades alargadas - desde os anos 1940, de pequenas cidades dos sertões cearense e piauiense, a grandes capitais brasileiras como Fortaleza, São Paulo e Salvador. Para conduzir esta pesquisa, ou me deixar ser conduzida por ela, ajuntei nossas memórias a partir do material documental e arquivístico que elas contém em si e nos diversos papéis, fotográficos ou não, que conservaram, compondo um acervo a partir da presença, do encontro, do corpo, da oralidade e de fragmentos materiais que lhes dão suporte. A construção metodológica foi indisciplinada, sendo traçada a cada passo em um caminho intuitivo conduzido pelos afetos. As desconstruções metodológicas e desestabilizações epistemológicas são fundantes de um trabalho tão intimamente implicado como este. E a partir dessas memórias migrantes, trato de redes de cuidado, fazeres e práticas cotidianas que tecem a vida e excedem a perspectiva de trabalho, reprodutivo ou não, direito à terra e territorialidades mais-que-humanas. Perceber estas questões pela perspectiva de mulheres sertanejas dá ao campo dos estudos urbanos referências da diversidade de modos de fazer e habitar territórios Brasil adentro que foram achatados pela história única e os quais o cânone não ajuda a compreender. |