A Travestilidade em cena: o corpo travesti no espetáculo Pele Negra, máscaras brancas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Xavier, Matheuzza lattes
Orientador(a): Marfuz, Luiz César Alves lattes
Banca de defesa: Marfuz, Luiz César Alves lattes, Serrano, Leonardo Jose Sebiane lattes, Dumas, Alexandra Gouvea, Barbosa, Onisajé, Fernanda Julia
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Artes Cênicas (PPGAC)
Departamento: Escola de Teatro
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39634
Resumo: Esta pesquisa examina a performatividade de corpos travestis e trans, negros e/ou racializados, marcados pelo fenômeno da antinegritude, que desenvolve uma perspectiva político racial contemporânea para analisar e entender as dinâmicas raciais do mundo atual. A partir da minha experiência como atriz, dramaturga, pesquisadora e leitura artística, política, social e racial dos espaços e produções cênicas, dedico-me a uma investigação etnográfica tendo como base o espetáculo teatral Pele Negra, máscaras brancas baseado no livro homônimo de Frantz Fanon, e dirigido por Onisajé, com foco na criação da personagem Fanon, no processo criativo, na performatividade e na disrupção de normas perpetradas pela supremacia da branquitude nos processos de construção artística e social. Desenvolve-se, então, a partir da compreensão de mundo por meio da Travestilidade, novos discursos e práticas que tendem a demolir projetos e modelos (inter)nacionais de arte e humanidade, sob controle de um sistema branco, ocidental e imperialista. Desse modo, conceitos como existências e corpos divergentes são propostos para repensar a movimentação de pessoas racializadas no mundo que não se enquadram nas normas binárias de gênero do ocidente, bem como, assimilar a potente associação dos conceitos de antinegritude e Travestilidade como uma cisão aos modelos coloniais de gênero e raça dentro do campo das artes.