Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Freitas, Tiago Silva de |
Orientador(a): |
Soares, Ricardo Maurício Freire |
Banca de defesa: |
Soares, Ricardo Maurício Freire,
Cunha Júnior, Dirley da,
Mendes, Vera Lúcia Peixoto Santos |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Faculdade de Direito
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de pós-graduação em Direito
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/30479
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Resumo: |
Este trabalho propõe apresentar as discussões acerca da imprescindibilidade da publicização dos arquivos relativos ao recente período ditatorial brasileiro. Ativistas dos direitos humanos e familiares das vítimas continuam lutando pelo direito de conhecer a verdadeira história e completarem o seu luto. A história de um país é apresentada como formadora da identidade coletiva de um povo e a sua transmissibilidade, como mecanismo de preservação que constitui verdadeira carência humana. A finalidade desta pesquisa monográfica é firmar posicionamento consentâneo aos direitos humanos fundamentais, pilar democrático, orientado pelo aporte teórico pós-positivista. É apresentado breve escorço histórico da normatividade de 1964-1985, bem como da resposta legislativa do processo de redemocratização. O direito à memória é estudado como direito fundamental, realizador dos valores constitucionais da dignidade da pessoa humana, cujo respeito materializa os princípios republicano e democrático, na medida em que efetiva o mandamento da publicidade e o direito à informação. Discute-se, ainda, o direito fundamental à memória no sistema jurídico nacional e a antinomia principiológica segurança/soberania e república/democracia. A pesquisa ocupa-se, também dos recentes diplomas normativos 12.527/2011 e 12.528/11, que apresentaram nova interpretação acerca do sigilo dos arquivos do período ditatorial, responsáveis pela revogação da polêmica Lei 11.111/2005, que previa sigilo eterno. Há, ainda, uma pesquisa acerca dos fundamentos filosóficos do direito à memória, que, pela via do resgate da consciência histórica, oportunizam um autoconhecimento coletivo, vital para a moldura de uma sociedade detentora de uma identidade nacional erigida sobre bases fidedignas, capaz, portanto, de auto-reflexão e, desse modo, apta a elaborar valores, políticas e práticas adequadas à sua realidade. |