Mobilidade torácica, força muscular respiratória e função pulmonar na doença de Parkinson.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Guerreiro, Caroline Ferreira lattes
Orientador(a): Costa, Ana Caline Nobrega da lattes
Banca de defesa: Martinez, Bruno Prata lattes, Dias, Cristiane Maria Carvalho Costa lattes, Mayer, Anamaria Fleig lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas (PPGORGSISTEM) 
Departamento: Instituto de Ciências da Saúde - ICS
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/35313
Resumo: Introdução: A doença de Parkinson é uma doença crônica e degenerativa do sistema nervoso central de causa desconhecida que provoca desordens do movimento. Objetivo: Investigar a associação entre mobilidade torácica, força muscular respiratória e função pulmonar em indivíduos com doença de Parkinson, sua relação com o estágio motor e comparar essas medidas respiratórias com pessoas sem a doença. Material e métodos: Trata-se de um estudo observacional, transversal, com amostra de conveniência composta por indivíduos com e sem a enfermidade, adultos, de ambos os sexos, em Salvador, Bahia. Foram coletados dados primários, secundários e o estadiamento da doença foi classificado segundo a Escala de Estágios de Incapacidade de Hoehn e Yahr Modificada. A função respiratória foi avaliada através de exames de cirtometria, manovacuometria, espirometria e pico de fluxo de tosse. Resultados: Foram avaliadas 66 pessoas, 33 com a doença e 33 sem a doença, sendo a maioria homens (81,8%), com média de idade 62,1 ± 8,07 anos. Quanto ao estágio motor no grupo Parkinson, 39,4% apresentaram-se no estágio 1.5. As medidas de mobilidade torácica, força muscular respiratória e função pulmonar apresentaram-se reduzidas nas pessoas com a doença, quando comparadas a outras sem a doença. A variação umbilical apresentou correlação moderada, com o volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) (r = 0,50 p = 0,003), pico de fluxo expiratório absoluto e previsto (r = 0,63 p <0,001; r = 0,53 p = 0,003) e pico de fluxo de tosse (r = 0,56 p = 0,001); correlação fraca com a pressão inspiratória máxima (PImáx) (r = 0,42 p = 0,015) e a capacidade vital forçada (r = 0,46 p = 0,007). A PImáx (r = -o,41 p = 0,017), a PEmáx (r = -0,42 p = 0,014), o PFE previsto (r = -0,38 p = 0,049), o PFT (r = -0,41 p = 0,028) e a relação VEF1/CVF (r = -0,37 p = 0,036) apresentaram correlação negativa, porém fraca com o estágio motor da doença. Conclusão: Indivíduos com Parkinson apresentam alterações da função pulmonar, mesmo nos estágios iniciais, quando comparados a outros sem a doença; a correlação entre variação umbilical e força muscular inspiratória, volumes e fluxos pulmonares expiratórios sugerem uma relação entre comprometimento da muscular abdominal e as alterações respiratórias associadas à doença, tornando relevante a avaliação respiratória e o fortalecimento muscular respiratório precoce, desde o seu diagnóstico, visando minimizar futuras complicações.