Dimensões de uma pandemia: associação de atividade física e transtornos mentais comuns entre docentes na primeira onda de covid-19 na Bahia, Brasil.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Reis, Lívia Ferreira lattes
Orientador(a): Araújo, Tânia Maria de lattes
Banca de defesa: Araújo, Tânia Maria de lattes, Feijó, Fernando Ribas lattes, Rocha, Saulo Vasconcelos lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Saúde, Ambiente e Trabalho (PPGSAT) 
Departamento: Faculdade de Medicina da Bahia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37179
Resumo: As medidas de distanciamento social implementadas no início da pandemia de COVID-19 incluíram o fechamento de escolas, faculdades, academias e espaços públicos para a prática de atividade física. Na educação as atividades docentes foram mantidas com a implantação do trabalho remoto, modificando as práticas de ensino, as ferramentas de trabalho e hábitos cotidianos. A conjunção de ausência ou redução de atividades físicas e de lazer e as mudanças abruptas no trabalho podem ter efeitos adversos na saúde mental docente. Objetivo: Avaliar a associação entre atividade física e transtornos mentais comuns em docentes da rede particular, durante a pandemia da COVID-19. Métodos: Estudo de corte transversal do tipo websurvey. A coleta dos dados ocorreu em junho-julho de 2020, incluindo docentes de todos os níveis de ensino da rede particular de ensino da Bahia. O SRQ-20 mensurou os transtornos mentais comuns (TMC). A prática da atividade física foi autorreferida e para fins de análise, recategorizou-se a variável em a) inativos fisicamente; b) realizou atividade física até 2 dias na semana (mínimo de 60 minutos semanais) e c) realizou atividade física acima de 3 dias na semana (mínimo de 90 minutos). Para avaliar a associação entre atividade física e TMC, considerando as covariáveis de interesse, foi conduzida análise de regressão de Poisson, adotando nível de significância de 5%. Resultados: A amostra foi composta por 1.444 docentes. A prática de atividades físicas foi referida por 40,8% (17,7 % até 2x/semana e 23,1% ≥ 3x/semana). A prevalência de inatividade física foi de 74,6% entre os docentes com TMC. A prevalência global de TMC foi de 66,7%. O TMC associou-se positivamente à inatividade física (RP=1,3; IC95%: 1,2–1,5) ou atividade física insuficiente - até 2 dias na semana (RP=1,2; IC95%: 1,0-1,4) comparado a quem manteve atividades físicas 3x/semana ou mais, mesmo após ajuste por atividades de lazer, faixa etária, situação conjugal, lecionar no ensino superior, sobrecarga doméstica e insegurança em ficar desempregado. Conclusões: Os resultados evidenciaram uma relação inversa entre a prática de atividade física e TMC. Foi observado que quanto menor a frequência da prática de atividade física, maior a prevalência de TMC.