Tempo sentado e fatores associados em trabalhadores de uma cidade do interior da Bahia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Fonseca, Nathália Teixeira
Orientador(a): Bezerra, Vanessa Moraes
Banca de defesa: Oliveira, Márcio Vasconcelos, Andrade, Amanda Cristina de Souza
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
INSTITUTO MULTIDISCIPLINAR EM SAÚDE
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/33829
Resumo: Devido a mudanças organizacionais contínuas e introdução de novas tecnologias observa-se um aumento de atividades laborais sedentárias que contribuem para o desenvolvimento de Doenças Crônicas Não Transmissíveis entre trabalhadores. O trabalhador pode passar a maior parte da sua jornada de trabalho realizando tarefas na posição sentada, que estão relacionados a um aumento de morbidades e mortalidade por todas as causas. Foi realizado um estudo transversal, linha de base de um estudo longitudinal, com uma população de trabalhadores no período de agosto de 2017 a julho de 2018. O tempo sentado diário relatado foi o evento estudado, a medida foi obtida através de pergunta referente ao tempo total sentado presente no Questionário Internacional de Atividade Física IPAQ, em sua versão curta. O tempo sentado foi categorizado em menor que 6 horas por dia sentado, considerado não sedentário e 6 horas ou mais por dia, sedentário. Variáveis sociodemográficas, relacionadas a hábitos e comportamentos e saúde e doença foram testadas como explicativas. Foram realizadas análises bivariadas e multivariadas, com estimativas de Razões de Prevalência (RP) e cálculo dos respectivos p-valor e intervalo de confiança por meio de regressão de Poisson com variância robusta. Todas as análises foram realizadas no Stata 14.2 e adotado 5% como nível de significância. A prevalência do tempo sentado foi de 24,22% (IC95%: 21,6 26,9). Mantiveram-se associados ao tempo sentado: escolaridade maior ou igual a nove anos de estudos, renda maior ou igual a três salários mínimos, indivíduos que tiveram uma pior percepção em relação à qualidade de vida e trabalhadores classificados com sobrepeso e obesidade. Indivíduos com 30 anos ou mais e aqueles classificados como ativos fisicamente foram negativamente associados ao desfecho. Os resultados do presente estudo são importantes para a compreensão dos fatores relacionados ao tempo sentado entre trabalhadores do sexo masculino. Pesquisas como esta são relevantes para auxiliar no planejamento e ações, que podem reduzir todos os prejuízos causados pelo excesso de tempo sentado, como agravamentos e doenças, além dos custos aos serviços de saúde. Além disso, podem nortear, junto às empresas, quais condutas devem ser elaboradas, a fim de que os trabalhadores possam adotar hábitos mais saudáveis, evitando passar muito tempo sentado, seja em seu local de trabalho ou no seu tempo de lazer.