Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Nascimento, Taíse Santos do |
Orientador(a): |
Mussi, Fernanda Carneiro |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Escola de Enfermagem da UFBA
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós Graduação de Enfermagem
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/24104
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Resumo: |
O excesso de peso é um fenômeno universal cuja prevalência é crescente nos últimos anos. Associa-se ao modo de viver da sociedade moderna, mais especificamente à prática de atividade física e ao padrão alimentar. Por esta razão, a atividade física é um fator crítico para determinar se um indivíduo será capaz de manter um peso saudável. Objetivo: Verificar os fatores associados à inatividade física total e no lazer em mulheres com excesso de peso. Método: Estudo transversal, com 142 mulheres submetidas a entrevista e avaliação antropométrica em ambulatório para tratamento da obesidade, em Salvador, Bahia. Na análise bivariada empregou-se a razão de prevalência com intervalo de confiança (IC) de 95% para analisar a associação entre variáveis de interesse e a inatividade física total e no lazer. Na análise bivariada, empregou-se também o teste de Qui-quadrado de Pearson ou Exato de Fisher e as variáveis com p ≤0,20 entraram no modelo de regressão logística múltipla sendo a Odds Ratio corrigida pelo modelo de Poisson. Adotou-se significância estatística de 5%. Resultados: A idade média foi 50,66 anos (DP=11,59); predominaram mulheres negras (93,7%), com filhos (81,8%), ensino médio completo/incompleto (58%), união estável (55,9%), baixa renda (39,2%), ≤ oito horas de trabalho/dia (65,7%). Houve maior proporção de obesidade grau III (31,5%) seguida do grau I (29,4%) e II (21,7 %). A prevalência da inatividade física por domínio, avaliada pelo International Physical Activity Questionnaire, foi de 64,4% no trabalho; 78,1% no deslocamento; 54,2% no domicílio e 85,2% no lazer. Considerando o nível de atividade física total 34,5% eram inativas. Na análise bivariada houve associação significante entre inatividade física no lazer e índice de massa corporal, autoeficácia para atividade física, percepção do ambiente, dependentes no domicílio, estado de saúde percebido e número de comorbidades. Na regressão, a inatividade física no lazer associouse ao número de comorbidades (RP:1,31; IC 95% 1,06;1,64); a autopercepção de saúde ruim (RP: 1,28; 1,01;1,61); a baixa autoeficácia (RP:1,27; 1,06; 1,51) e a percepção do ambiente ruim (RP:1,27; IC 95% 1,01;1,60). Para o nível de atividade física total, na análise bivariada verificou-se associação entre inatividade física e idade ≥ 60 anos, mulheres com companheiro, sobrepeso; duas comorbidades e autopercepção de saúde e autoeficácia regular/ruim e, no modelo multivariado, mulheres com autopercepção de saúde regular e ruim tiveram aumento respectivo de 124% (RP 2,24; IC 95% 1,05;4,77) e 150% (RP: 2,50; IC 95% 1,10;5,67) na inatividade física total. Mulheres com pior autoeficácia, ≥ 60 anos, com companheiro e agregação de comorbidades apresentaram direção de aumento da inatividade física total. Conclusão: A maioria das mulheres eram ativas no escore total de atividade física. Na análise multivariada a autopercepção de saúde associou-se significativamente à inatividade física total. Houve alta prevalência de inatividade física no lazer. No modelo multivariado, a inatividade física no lazer associouse significativamente ao número de comorbidades, a autopercepção de saúde ruim, a baixa autoeficácia e a percepção do ambiente ruim. O estudo orienta para a elaboração de programas de promoção da saúde e redução de agravos associados a inatividade física. |