Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Lima, Sheila Karine Melo
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Orientador(a): |
Paixão, Maria de Lurdes Barros da |
Banca de defesa: |
Paixão, Maria de Lurdes Barros da,
Conrado, Amélia Vitória de Souza,
Agg, Katia |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Dança (PPGDANCA)
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Departamento: |
Escola de Dança
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40480
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Resumo: |
É sabido que uma colcha de retalhos é feita de várias partes diferentes, de cores diferentes, texturas diferentes, e esses tecidos ainda tem histórias que passaram de formas diferentes, em tempos diferentes, histórias que se cruzaram, que fizeram outras histórias e num dado momento, em um determinado lugar, em um determinado projeto, surge a linha e a agulha, começamos, então a catar os retalhos, e a acreditar que a partir deles “insurge” uma colcha com vários caminhos. A costura dessa colcha de retalhos foi se dando devagarzinho, alinhavando a partir do projeto “Aldeia Mangue”. Essa linha veio costurando a colcha, pouco a pouco, de várias formas, formando vários caminhos, ligando presente e passado, até chegar à pesquisa, Preta Sinhá, Preto Sinhô: Caminhos Costurados de um Olhar Ancestral. O presente estudo se propõe a expor a trajetória de criação do processo coreográfico “Preta Sinhá, Preto Sinhô”, revelando caminhos para compreender e investigar como o corpo negro dançante se conecta, procura e desperta com/para as relações identitárias e ancestrais de origem africana. “Preta sinhá, Preto Sinhô” trata das ancestralidades e identidades nos processos de criação em dança, dentro de uma perspectiva contra colonial, estimulada pela auto identificação e reconhecimento político e social do que é ser negra, a partir do corpo vivido socialmente, culturalmente, historicamente e artisticamente em experiências vivenciadas junto às danças afrodiaspóricas, herdadas da cultura ancestral africana. Trata-se de uma pesquisa de/em movimento com caráter identitário e singular que possibilita revisitar as práticas coletivas de produção cultural, sobretudo, a partir do autoconhecimento proposto no feitio do processo coreográfico. O trabalho se coloca em defesa das artes afrodiaspóricas, como estratégia política e pedagógica da identidade e da ancestralidade. A metodologia utilizada se orienta pelos estudos sobre “Escrevivências” de Conceição Evaristo (2020), onde tal conceito corrobora para a escrita, através da qual me coloco como narradora e experimentadora de minha própria história de vida, construída de memórias ancestrais familiares, assim como pela observação de como esses estudos se deram a partir da metodologia proposta por Bianca Bazzo Rodrigues (2016). |