Relação de poder na política estadual para quilombos – A experiência do Quilombo Rio dos Macacos (2014 a 2018)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Silva, André Luís Vitório da
Orientador(a): Santos, Maria Elisabete Pereira dos
Banca de defesa: Kanikadan, Andrea Yumi Sugsihita, Santos, André Nascimento
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Escola de Administração
Programa de Pós-Graduação: Núcleo de Pós-Graduação em Administração - NPGA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/30557
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo analisar as relações de poder entre a comunidade quilombola Rio dos Macacos e Secretaria de Promoção da Igualdade Racial – Sepromi no período de 2014 a 2018, no processo de implementação da política estadual quilombola. Trata-se de identificar as características da relação entre o Estado e a comunidade tradicional quilombola, no período caracterizado pelo conflito entre a comunidade e o Estado, por meio das investidas da Marinha do Brasil contra a comunidade. Apoiamo-nos em Poulantzas (1985) para compreender as relações entre o Estado e os sujeitos coletivos que se relacionam a partir das políticas públicas e a concepção foucaultiana das relações de poder. Os dados foram obtidos por meio de entrevista, análise de documentos e observação participante na comunidade e nos eventos com a participação da Sepromi. Os resultados obtidos por meio da análise de conteúdo evidenciam que a implementação política estadual quilombola é comprometida pelas assimetrias de poder entre os atores sociais inscritos do processo de negociação. A absorção da pauta quilombola pelo Estado é fruto da estratégia de mobilização política das classes dominadas por parte da fração dominante que conduz a política do Estado, mas também é parte do entendimento que a representividade é suficiente para o enfrentamento das desigualdades raciais. Concluímos que as relações de poder entre Estado e quilombo se caracterizam pela assimetria e tentativa de subordinação da comunidade aos interesses hoje hegemônicos na máquina do estado. Os conceitos que estruturam esse trabalho são políticas públicas e poder.