O negro e a canção, a canção e o negro: um estudo do rap gay de Rico Dalasam

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Zeferino, Hilário Mariano dos Santos lattes
Orientador(a): Aguiar, Ana Lígia Leite e
Banca de defesa: Costa, Júlia Morena Silva da, Oliveira, Acauam Silvério de, Souza, Ana Lúcia Silva
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Pós-Graduação em Literatura e Cultura (PPGLITCULT) 
Departamento: Instituto de Letras
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Rap
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37452
Resumo: A presente pesquisa se dedica a analisar as canções do rapper Rico Dalasam, bem como outras tensões que o rapper traz e produz no cenário do rap na contemporaneidade em relação a rappers heterossexuais. Por meio de um percurso historiográfico do rap brasileiro, impulsionamos reflexões sobre as relações entre ele, a cultura brasileira, as masculinidades e as outras vozes que o habitam na contemporaneidade. Como integrante do movimento hip-hop, o gênero surge racial e socialmente marcado (TEPERMAN, 2015) e ganhou notoriedade no Brasil nos anos 1990 como parte da contracultura negra com impactos culturais remarcáveis (OLIVEIRA, 2015; 2020). Ainda, encontram-se críticas ao ritmo vindas de quem é hostilizado dentro dele (LI, 2019; SANTOS, 2016). Dessa forma, investigamos Rico Dalasam, rapper gay, que é reconhecido como expoente LGBTQIAPN+ do ritmo em questão e nos dedicamos a observar as outras tensões que ele traz para o cenário do rap na contemporaneidade, por consequência para o movimento hip-hop, por entendermos que pessoas da comunidade LGBTQIAPN+ têm trazido gestos em diferença na gestão crítica das arenas de batalha que são tão comuns à sociabilidade negra, como é o rap (AZEVEDO; SILVA, 1999; SOUZA, 2011). Mapeamos, na poética de Dalasam, quatro grandes gestos que entendemos fazerem parte do que ele produziu até então: as alianças, em que articulamos sua relação com outras pessoas, citadas em suas músicas ou colaborações musicais; o corpo, em que investigamos suas performances; o wakabake, em que seu flow é analisado enquanto constituinte de uma estética que está para além do sentido das palavras; e o amor, em que observamos as maneiras através das quais o rapper fala da temática ao longo de suas produções.