Hipertensão Arterial e estilo de vida em uma população de trabalhadores de Vitória da Conquista

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Donato, Tamyres Araújo Andrade
Orientador(a): Bezerra, Vanessa Morais
Banca de defesa: Casotti, Cézar Augusto
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
INSTITUTO MULTIDISCIPLINAR EM SAÚDE
Programa de Pós-Graduação: Mestrado em Saúde Coletiva
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/33837
Resumo: As exigências sobre o corpo e sobre as capacidades cognitivas e psíquicas no cenário ocupacional podem se expressar como doenças relacionadas ao trabalho, dentre elas, as Doenças Crônicas não Transmissíveis. A incapacidade para o trabalho gera um ônus econômico considerável para a sociedade. Cerca de 40% da população mundial é afetada pela hipertensão arterial (HA), representando importante fator de risco para doenças cardiovasculares e mortalidade de pessoas em plena capacidade produtiva. Diante desse cenário, foi realizado um estudo longitudinal intitulado: “Projeto HealthRise”, que visou rastrear e acompanhar indivíduos hipertensos e diabéticos no município de Vitória da Conquista -BA, sendo os trabalhadores cadastrados no Serviço Social da Indústria (SESI) uma das populações estudadas. O recorte do presente trabalho refere-se a linha de base (estudo transversal) realizada com a população de trabalhadores entre agosto de 2017 a julho de 2018. No primeiro artigo, que teve uma amostra de 339 trabalhadores hipertensos, foi proposto avaliar uma possível associação entre o estilo de vida e o desconhecimento da HA e, no segundo artigo, foi estudada a hipertensão arterial e fatores determinantes em uma população de 1024 trabalhadores do sexo masculino. No primeiro artigo, a elevada prevalência do desconhecimento da HA (63,4%; IC95%: 58,1-68,4) entre os trabalhadores hipertensos foi associada positivamente à coexistência de três ou mais hábitos alimentares não saudáveis e aos que foram classificados em ativos fisicamente. Os indivíduos com sobrepeso e obesidade apresentaram menor prevalência do desconhecimento da doença. No segundo artigo, considerando os trabalhadores homens, 28,6% (IC95%: 25,9-31,5) foram classificados como hipertensos. A HA foi associada aos fatores distais: idade de 40 anos ou mais, raça autodeclarada preta, renda maior ou igual à três salários mínimos; aos fatores intermediários: consumo abusivo de álcool, consumo de tabaco, percepção de consumo de sal em quantidades elevadas e ser fisicamente inativo e ao fator proximal: sobrepeso e obesidade. Os resultados apresentados nesta dissertação podem contribuir para implementação de políticas públicas de promoção da saúde, prevenção e controle de doenças nos ambientes ocupacionais, proporcionando atenção inclusiva aos trabalhadores, visto que estão mais vulneráveis.